sábado, 27 julho

    Azeredo vai cumprir pena

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    Sentenciado a 20 anos e um mês de prisão por participação no chamado mensalão tucano, o ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo se entregou às 14h50 de ontem (23) à Polícia Civil do estado. Ele se apresentou espontaneamente à 1ª Delegacia Sul de Belo Horizonte, após negociação entre sua defesa e a polícia. Ele estava acompanhado de advogados.
    Um dia antes, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) negou o último recurso apresentado pela defesa do ex-governador e ex-senador por Minas Gerais e determinou sua prisão imediata. O tucano foi condenado pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro pela primeira vez em dezembro de 2015, quando recebeu a sentença. Azeredo foi encaminhado à Academia de Bombeiros Militar (ABM) para cumprimento do mandado de prisão.

    Conforme decisão judicial, em virtude do cargo exercido, Eduardo Azeredo ficará em uma sala de Estado Maior. O local tem 27 metros quadrados, possui uma cama e uma mesa de apoio e um banheiro com chuveiro elétrico. O ex-governador ficará sob custódia da Secretaria de Estado de Administração Prisional, com escolta de agentes penitenciários, informou, em nota, a Secretaria de Administração Prisional (Seap).

    A secretaria acrescentou que Azeredo terá direito a quatro refeições diárias, com cardápio supervisionado por nutricionistas do sistema prisional. Ele poderá receber visitas, desde que previamente cadastradas pela Superintendência de Atendimento ao Indivíduo Privado de Liberdade da Seap.
    Antes de se apresentar, Azeredo chegou a ser considerado foragido da Justiça pela Polícia Civil de Mi- nas Gerais, que tentava cumprir o mandado de prisão expedido pelo TJMG.

    Personagem principal do mensalão tucano

    Eduardo Azeredo é personagem principal do que ficou conhecido como “mensalão tucano” – uma variante do “mensalão do PT”, escândalo que veio a público em 2005 e levou para a cadeia boa parte da cúpula petista em 2012, quando foi concluído o julgamento no STF. Apesar de divulgado após o mensalão do PT, o esquema tucano antecedeu e foi o “pai” do mensalão petista.
    Descobriu-se que o publicitário Marcos Valério – condenado e preso por viabilizar o pagamento de propinas a petistas e seus aliados -, havia sido também peça-chave de esquema semelhante para a campanha do então governador de Minas à reeleição em 1998. A Justiça condenou agora Eduardo Azeredo pela acusação de desvio, com a ajuda da agência de Marcos Valério, de R$ 3,5 milhões (R$ 9,3 milhões, em valores atuais) de empresas estaduais.

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