sábado, 27 julho

    Pobreza extrema

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    De acordo com a Síntese dos Indicadores Sociais, divulgados pelo IBGE, aproximadamente 18 milhões de crianças e adolescentes de até 14 anos vivem com pouco mais de US$ 5 por dia. O valor é considerado de extrema pobreza pelo Banco Mundial, levando em conta os níveis de desenvolvimento do Brasil e da América Latina.

    Segundo a publicação, divulgada na sexta-feira (15), o número corresponde a 42,4% de todo a faixa etária. A linha utilizada para avaliação, de US$ 5,50 ao dia, corresponde a uma renda mensal per capita de R$ 387.

    Com essa base de análise, mais de 25% da população brasileira se encontrava em situação de pobreza no ano passado. Na análise por regiões, o Norte e o Nordeste do país foram as que apresentaram a maior incidência.
    Segundo Leonardo Athias, analista do IBGE, um dos principais objetivos do levantamento é analisar as condições de vida através dos diferentes perfis. O especialista descreveu as principais características de quem está em situação de risco.

    Sobretudo, as pessoas que moram em arranjos familiares em que tem uma mulher, sem cônjuge, com filhos de até 14 anos, mostram uma incidência bem maior de pobreza. Utilizando essa linha do Banco Mundial, o índice chega a 60%.

    A pesquisa indica ainda que uma mãe preta ou parda com filhos de até 14 anos sem parceiro em casa, representam 64% dos brasileiros que vivem na linha de extrema pobreza.
    Mais de 60% desse grupo de pessoas vivia sem, pelo menos, um dos três serviços de saneamento básico, que incluem abastecimento de água por uma rede geral, esgotamento sanitário por uma rede coletora ou pluvial e coleta de lixo.
    Segundo Athias, não há no Brasil hoje uma linha que determine um padrão para se estabelecer a pobreza, tendo assim, alguns recortes possíveis. Do ponto de vista da pobreza extrema do Bolsa Família, em que as pessoas vivem com apenas R$ 85 mensais, cerca de 4,2% da população se encaixa no perfil.

    Do ponto de vista da pobreza extrema global, caracterizada pelo Banco Mundial
    e que usa como parâmetro renda de US$ 1,90 por dia ou R$ 134 por mês, 6,5% da população
    brasileira se encontra nessa situação. Renda insuficiente para comprar uma cesta básica.

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