As 432 famílias das ocupações William Rosa e Marião vão receber bolsa moradia no valor de R$ 450, cada, em forma de aluguel social. Isto foi o que ficou acertado após negociação entre a Prefeitura de Contagem, a Companhia de Habitação de Minas Gerais (Cohab Minas) e representantes dos moradores das duas ocupações. A solução foi anunciada na segunda-feira (26) pelo prefeito Alex de Freitas, em entrevista coletiva na sede da prefeitura de Contagem.
O pagamento do aluguel social será feito durante 18 meses, até que as 432 moradias populares sejam construídas por meio do programa “Minha Casa, Minha Vida”.
A cidade conta hoje com pelo menos dez terrenos aptos a receber habitações populares. Nesse momento, estamos fazendo estudos e consultas, inclusive com a Caixa Econômica Federal e aos empreendedores privados, para que possamos definir esse local, afirmou o prefeito.
Alex de Freitas observou que as análises desses terrenos do município também serão importantes para sanar o déficit habitacional da cidade, de cerca de 11 mil moradias.
Temos uma política fracassada na área habitacional e estamos trabalhando em conjunto com os governos do Estado e federal para sanar essa distorção, inserindo essas pessoas na sociedade de forma digna, disse.
Segundo Lacerda Santos, do Movimento Luta Popular da Ocupação William Rosa, os moradores aceitaram a proposta democraticamente.
Nós preferíamos o acordo dito inicialmente, que era nossa transferência para um terreno. O bolsa moradia foi uma saída, mas gera insegurança devido à crise econômica, mas foi decidido em assembleia e vamos acatar, destacou.
A expectativa é que a decisão judicial seja cumprida o mais breve possível e que os moradores da ocupação William Rosa desocupem a área até 15 de julho. As famílias continuam sendo cadastradas para que seja feita a reintegração amigável de posse dos terrenos, como, determina a Justiça.
