sábado, 27 julho

    Prisão causa temor

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    A prisão do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) trouxe à tona entre os deputados outros dois temas considerados explosivos para a política em Brasília: a possibilidade de com a prisão Cunha firmar um acordo de delação premiada e a especulação de que a prisão do peemedebista antecederia uma ordem de prisão do juiz Sergio Moro contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também réu em processo da Operação Lava Jato.

    Nos bastidores, parlamentares apostam que uma eventual delação de Eduardo Cunha poderá prejudicar mais de uma centena de deputados que ele ajudou durante sua ascensão de líder do PMDB a presidente da Casa.

    Outro aspecto que causa temor é o fato de Cunha ter atuado ativamente na arrecadação de recursos para campanhas de vários aliados, não só do PMDB, mas de partidos como PSC e PP. Ele próprio já admitiu que ajudava nos contatos com empresas para conseguir doações oficiais para o PMDB. Tudo isso na época em que Temer presidia a legenda.

    Temer ordena “lei do silêncio” no planalto

    O governo tenta evitar que a tensão provocada em Brasília afete o Palácio do Planalto depois da prisão de Cunha, ordenando assim uma “lei do silêncio” entre integrantes do governo sobre o assunto.

    A blindagem do Planalto foi determinada pelo próprio Temer, que deixou Tóquio na manhã de quarta (19), quando a ordem do juiz Sérgio Morro foi executada. Apesar do pedido para que ninguém comentasse o episódio para evitar levar a crise para dentro do governo, há preocupação com os problemas que Cunha possa criar para Temer e seus ministros, atrapalhando os planos de assegurar a aprovação da PEC do Teto, na semana que vem, e até a governabilidade.

    Poder e influência – Nos últimos cinco anos, o deputado cassado Eduardo Cunha esteve em cargos de poder que lhe permitiram influenciar em escolhas de relatores de projetos e medidas provisórias estratégicas, além de CPIs. Segundo aliados e adversários, ele tem na memória informações sobre negociações feitas para a aprovação de propostas na Casa. Além disso, participou ativamente da articulação para a abertura do processo de impeachment.

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