sábado, 27 julho

    Registro dos 104 anos de Contagem

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    Contagem está radiante. Seu esplendor revela o brilho de uma estrela que marcha firme em direção ao progresso. É uma jovem cidade que, ao longo de seus 104 anos, alegra seus filhos ilustres, que se preparam para as congratulações e votos de felicidade.
    Contagem de rica história e vasta memória. Cidade das abóboras ou dos abóboras. As discussões a respeito de sua origem não representam problema algum, ao contrário, demonstram o brilho que resplandece sobre essa terra promissora. É mais uma prova da beleza que surge patenteando sua existência, desde o desabrochar dos primeiros dias.

    Uma cidade de esperança que oferece à sua gente a oportunidade de buscar uma vida cada dia melhor. Não é mais a simples terra dos abóboras. A sementezinha ali lançada, com o tempo nasceu e se expandiu rapidamente, razão por que essa aboboreira cidade continua florescendo e dando frutos finos, delicados e saborosos.

    Contagem é símbolo de amor e inspiração para as futuras gerações. É motivo de orgulho para todos que construíram sua história. Sua grandeza se deve aos corações que a amaram, aos braços que a desbravaram e que a edificaram. Sua caminhada, desde o “posto fiscal”, ou do “registro”, instalado às margens do Ribeirão das Abóboras, nas terras da Sesmaria do capitão João de Souza Souto Maior, para a contagem do gado que vinha abastecer as minas de ouro, só foi possível com a participação dessa gente que sempre acreditou

    num porvir certo e feliz.

    Essa cidade centenária, ainda criança, vive sonhos e sonha esperança. Ela começou pequenina, no arraial de São Gonçalo do Ribeirão das Abóboras, século XVIII. Tempos de agitação, ciclo do ouro, época dos inconfidentes e Inconfidência Mineira. Época de lutas, de sentimentos e desejos de “Liberdade, ainda que tardia”. Tempo de poetas, amores, lirismo e poesia.

    Enquanto a movimentação pela independência da Colônia ganhava corpo em terras mineiras, o posto do Registro não parava. A partir de 1716, era gente de todo tipo, querendo auferir lucro com a prática mercantilista. Senhores de escravos, proprietários de “datas minerais” à procura de gado para alimentação; patrulheiros, funcionários do Registro, delatores e religiosos; taberneiros, desocupados e vadios. Todos se dirigiam para lá na esperança de bons negócios.

    Esse posto de contagem, o arraial do Registro, foi elevado à categoria de Paróquia, depois, em 30 de agosto de 1911, emancipado politicamente. Hoje não se conta mais gado, conta-se progresso e desenvolvimento nessa terra aboboreira. A Contagem das abóboras se tornou um espaço cultural de referência nacional. É lugar de boa música, de bons atores, de artístas plásticos, desenhistas, grandes escritores, excelentes educadores e profissionais de diferentes áreas. É um campo de atuação política, de militância sindical, de escolas animadas e estudantes criativos. É ainda cidade das jabuticabas, das torres Itaú, das construções antigas, dos monumentos centenários, dos parques e jardins, das praças revitalizadas e da turma do Contagito, alegria da criançada.
    Assim, com seu progresso patente, a cidade segue sua estrada, procurando oferecer mais e melhores oportunidades àqueles que aqui labutam. É a Contagem do passado, presente e futuro, da qual tanto nos orgulhamos. Parabéns, Contagem! O aniversário é seu, mas o presente é nosso por tê-la como berço “para trabalhar e viver”.

    José Doniseti da Silva – Professor de Língua Portuguesa, Redação e Literatura Brasileira, escritor e poeta. Blog:donisetiprofessor. bolgspot.com

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