quarta-feira, 11 dezembro

    Obesidade

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    O sobrepeso, que atinge mais da metade da população feminina (53,8%), e principalmente a obesidade, que está presente em 19,6% das mulheres brasileiras, têm como possíveis consequências doenças como diabetes, infertilidade, ansiedade, depressão, problemas cardiovasculares, cânceres e o aumento da pressão arterial.
    De acordo com o médico e diretor do Instituto Mineiro de Obesidade (IMO), Leonardo Salles, é importante não tratar somente o peso, pois esse é apenas um sintoma do problema.

    Temos que discutir a síndrome da obesidade, debatendo suas causas,
    que acabam por levar ao ganho de peso, afirma.

    Conforme uma pesquisa recente realizada pelo Instituto Verhum, mulheres obesas submetidas à fertilização in vitro tiveram uma taxa de abortamento espontâneo de 66,6%, contra 17,8% entre aquelas que tinham sobrepeso e 13,8% entre as que estavam no peso normal.
    O Diabetes, doença que já foi associada aos homens, atualmente está se sobressaindo entre as mulheres. Cerca de 9,9% das mulheres brasileiras declarou ter diabetes em 2016, contra 7,8% dos homens, segundo uma pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde.
    Leonardo Salles esclarece que a obesidade abdominal ocorre entre pessoas com circunferência da cintura acima de 88 cm, no caso das mulheres, e de 102 cm, nos homens.

    E este tipo de obesidade em mulheres também podem desenvolver o diabetes gestacional, desencadeado por alterações no metabolismo materno e agravada pelo ganho de peso excessivo durante a gestação, idade materna avançada e quadro de hipertensão arterial, aponta.

    Igual – Ainda segundo dados levantados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), houve um crescimento na quantidade de mortes por Acidente Vascular Cerebral (AVC) entre as mulheres de 2010 a 2015. A quantidade de óbitos por AVC é praticamente igual entre os sexos, sendo 50.251 de homens e 50 252 de mulheres em 2015. Mas a diferença é que há uma tendência de queda na porcentagem de casos dentre os homens e o oposto está acontecendo com as mulheres.

    Por fim, uma pesquisa da Agência Internacional para Pesquisa do Câncer,
    da Organização Mundial de Saúde, e o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos EUA, constatou que o sobrepeso e a obesidade são causadores dos principais cânceres que atingem a população feminina (câncer de colo do útero, endométrio, mama, útero e ovário).

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