O personagem que vencer a corrida vai receber uma taça e colocá-la em destaque em sua casa, representando alguns segundos em que esteve na frente. Ela vai dar um brilho especial em sua vida.
João não poderá fazer o mesmo. Quando receber visitas, não terá a taça para mostrar. Mas isso não importa. As pessoas vão querer olhar para ele, ouvir o que ele tem para dizer com a sabedoria acumulada ao longo da vida, em que não esteve na frente. Esteve ao lado de outras pessoas, crescendo junto com elas.
Quase todas as pessoas têm as características de João dentro de si. Mas não se comportam como João porque vivem em mundo competitivo e de correria, que valoriza o egoísmo.
A competição não é necessariamente ruim. É um meio de tirar pessoas e empresas do comodismo. É ruim quando querem vencer no comodismo e começam a sabotar concorrentes.
Felizmente, é possível usar o espírito de competição sem prejudicar outros. Basta competir com o próprio passado (que não pode ser sabotado), dedicando-se em melhoria contínua.
Os obstáculos deixam de ser concorrentes. Será feito foco nos pontos fracos de cada um, que precisam ser exercitados e reforçados.
Nas escolas, os alunos vão se dedicar a aprender melhor. O diálogo entre eles passa a ser de troca de ideia de métodos de memorização para reter informações, método de combinação de informações diversas, com base interdisciplinar e caminhos transversais, para a formação do conhecimento.
E isso vale também para o ambiente de trabalho, em que o conhecimento tácito (não explícito) é observado e definido para que possa ser trocado entre trabalhadores.
É um caminho simples e leve. Como um passo atrás do outro. A cada passo, uma melhoria. No futuro, grande percurso terá sido percorrido.
Wagner Matias de Andrade www.5s.com.br