sexta-feira, 18 outubro

    Natal sem alergias

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    Precaução

    O período já não é dos melhores para aqueles que apresentam quadros de processos alérgicos… Verão, estação de uma enorme prevalência de alergias dermatológicas pela picada de insetos, calor em excesso e o uso exagerado de cosméticos, pode ficar ainda pior com as delícias natalinas.

    São diversos os alimentos do natal que podem desencadear os processos alérgicos, como pernil, vinhos brancos e tintos, cerveja, frutos do mar entre outros, além dos pratos à base de leite de vaca como as rabanadas e alguns bolos. Embora muitos não saibam, o leite bovino é um dos alimentos que mais causa alergias, sobretudo entre crianças. Segundo o imunologista e alergista, coordenador técnico do Projeto Social Brasil Sem Alergia, Marcello Bossois, cerca de 35% da população mundial sofre com algum tipo de alergia.

    A carne de porco, muito consumida durante as comemorações natalinas é uma grande causadora de alergias alimentares, uma vez que estraga com mais facilidade, podendo ter uma grande concentração de toxinas. Além disso, a proteína da carne de porco é uma grande causa de alergia alimentar, assim como alguns frutos do mar, o que gera o surgimento de alergias naqueles que não conseguem digerir tal alimento. O leite de vaca, por sua vez, não provoca apenas as alergias alimentares, mas também a intolerância alimentar. “Os dois processos podem ser bastante perigosos, sobretudo a alergia causada pelas proteínas presentes no alimento, que pode levar ao óbito e pode se desenvolver em qualquer pessoa, independente de sua idade, sexo ou estilo de vida. Os recém nascidos são os mais afetados pelas doenças, e cerca de 6% das crianças até o 3º ano de vida sofrem com a alergia alimentar.

    Beber de forma moderada é mais que um conselho

    O vinho branco e o vinho tinto, assim como as cervejas, são bebidas muito consumidas no natal, que produzem levedura e bactérias a partir da fermentação, o que propicia a fabricação de Histamina pelo organismo. Ela, por sua vez, é um composto orgânico produzido pelo sistema imunológico, sendo um mediador inflamatório responsável pelos mais variados tipos de processos alérgicos.

    Assim como o suco de uva, essas bebidas apresentam altas concentrações de sulfitos, um grupo de compostos conhecido por causar inúmeros sintomas de alergias como espirros, coriza, tosses e asma. Também podem causar reações cutâneas ou diarréia em pessoas com o suco gástrico pouco ácido.

    Validade – Existem ainda as intoxicações alimentares. Por conta de ser um período de intenso calor, é muito comum que o tempo de validade dos alimentos seja alterado, facilitando quadros de intoxicações. Um alimento contaminado possui bactérias que liberam toxinas que causam pseudo alergias, ou seja, reações alimentares adversas a tais componentes e que podem ser muito confundidas com alergias.

    As castanhas, as nozes e os avelãs são alimentos ricos em Argenina, aminoácido que gera uma multiplicação viral do Herpes, o que provoca um crescimento do mal no verão. Adoença não é transmitida apenas por relação sexual, mas pode se desenvolver no organismo em momentos de baixa do sistema imunológico ou pelo alto consumo deste aminoácido.

    Médicos receitam  atenção a todos os sintomas e causas

    “O sintoma mais frequente é o surgimento de alterações gastro-intestinais aguadas ou crônicas com diarréias e cólicas abdominais, além de manifestações respiratórias como rinite, sinusite, asma e otite. As reações na pele são comuns e dependendo do grau de alergia, as reações podem ser muito perigosas e chegar a um processo de choque anafilático, o que pode levar o paciente ao óbito”, diz Marcello Bossois.

    Uma pessoa com familiares próximos – pais ou irmãos – alérgicos ao leite de vaca, à carne de porco ou às castanhas, por exemplo, terá 50% de chance de desenvolver o problema a mais do que os sem herança genética

    Exame – Para o diagnóstico, é muito importante a realização do exame de sangue, pois poderá se identificar a presença de um processo alérgico através de alterações nos níveis do Anticorpo IGE, deficiência de ferro, além da alteração nos valores de complemento. Já no exame de fezes podese encontrar muco nas mesmas, além da possível presença de sangue e pus, indicando uma deficiência de absorção, o que aponta para a possibilidade da alergia alimentar. O teste alérgico de puntura é fundamental, uma vez que as substâncias presentes nos alimentos causadores de alergias serão colocadas em contato com a pele do paciente, a fim de analisar a presença de uma possível alergia.

    “No entanto, a única maneira de um diagnóstico preciso é pelo teste de provocação oral em unidade hospitalar, com total preparo”, diz Bossois.