OS JORNALISTAS Maria Ressa das Filipinas e Dmitry Muratov da Rússia, foram os ganhadores do prêmio Nobel da Paz, pela corajosa luta em seus países, por atuaram em defesa da liberdade de expressão, que é uma grande condição para a democracia e uma paz duradoura.
Todos os jornalistas se sentem representados pela luta da defesa do ideal da profissão, em um mundo em que a Democracia e a Liberdade de imprensa enfrentam condições adversas.
O prêmio Nobel da Paz, ter sido entregue para dois jornalistas, vem para reforçar a importância da informação séria, profissional e compromissada com a verdade e clareza dos fatos.
A informação, salva, educa, esclarece, ensina e protege vidas. Infelizmente, em alguns países, inclusive no Brasil, a imprensa vem sofrendo agressões e retaliações por diversos setores, inclusive de poderes públicos e líderes de governo.
É dever do jornalista ser imparcial e levar a informação de forma concreta, de acordo com o acontecimento dos fatos. Cada vez mais, além de informar, os veículos de comunicação, exercem o papel de responsabilidade social, em relação a orientar o público sobre inclusive, prevenção de doenças, como está acontecendo nesta pandemia do Covid-19.
A liberdade de expressão é ‘pré-condição para a democracia e para uma paz duradoura’. Afirmou em nota, Academia Real das Ciências da Suécia.
Os dois jornalistas ajudaram a fundar veículos de comunicação independentes em seus países e vão dividir o prêmio de 10 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 6,3 milhões de reais).
“O jornalismo livre, independente e baseado em fatos serve para proteger contra o abuso de poder, mentiras e propaganda de guerra. O comitê norueguês do Nobel está convencido de que a liberdade de expressão e a liberdade de informação ajudam a garantir um público informado”, afirmou a instituição.
A academia sueca disse também que “esses direitos são pré-requisitos essenciais para a democracia e protegem contra guerras e conflitos” e que o prêmio para os jornalistas “visa salientar a importância de proteger e defender esses direitos fundamentais [as liberdades de expressão e informação]”.
Maria Ressa é cofundadora e diretora-executiva da Rappler (rappler.com), uma empresa de mídia digital de jornalismo investigativo nas Filipinas.
Dmitry Muratov é russo e um dos fundadores do jornal independente “Novaya Gazeta” (novayagazeta.ru), que já teve seis jornalistas mortos desde a sua fundação, em 1993.
“Ressa e a Rappler mostram como as redes sociais são usadas para espalhar ‘fake news’, assediar oponentes e manipular o discurso público”, disse Berit Reiss-Anderson.
“Estou em choque”, afirmou a jornalista filipina em uma transmissão ao vivo pela Rappler logo após o prêmio. “Nada é possível sem fatos”.
Captura de tela da Rappler, site de notícias fundado pela jornalista filipina Maria Ressa, uma das vencedoras do Nobel da Paz de 2021 — Foto: Reprodução/rappler.com
