sábado, 7 setembro

    retomada das atividades se aproxima, e agora?

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    A psicóloga e coordenadora do Ambulatório de Transtornos Alimentares e Obesidade (Ambulim) da USP, Valeska Bassan manteve seus atendimentos à distância durante a pandemia e tem percebido um aumento significativo na ansiedade de seus pacientes com a aproximação de uma possível retomada da maioria das atividades presenciais no Brasil. “As pessoas tem me procurado porque se sentem extremamente desamparadas nesse momento da pandemia, mais do que isso, o medo tomou conta da maioria das pessoas”, conta.
    Ter medo é bom e necessário, ficamos mais alertas e criteriosos em nossas ações e decisões, sejam elas reais ou não. Mas a verdade é que não nos sentimos confortáveis de ter esse sentimento, embora ele seja fundamental para a nossa sobrevivência, ainda mais em tempos de pandemia, em que cada indivíduo é totalmente responsável pelas suas atitudes, em um cenário que não temos controle de nada.
    Aliás, a falta de perspectiva e de controle gera um grau de ansiedade elevado, podendo em casos mais graves, levar a quadros de crises de pânico e de depressão. “É preciso que cada um consiga avaliar o nível desse medo de retomada das atividades e como ele pode tomar as medidas necessárias para ficar menos exposto ao vírus”, diz Valeska.
    A especialista comenta ainda que muitas vezes o medo se torna paralisante e o indivíduo não consegue minimamente fazer atividades simples e corriqueiras, o que ela tem visto com mais frequência em suas consultas. Identificar os fatores que estão causando esse quadro e confrontá-los com pensamentos racionais ajuda bastante.
    Além disso, a especialista alerta para a importância das empresas que retomarem as atividades presenciais de estarem preparadas para receber esse “novo” funcionário, uma vez que vivemos um momento completamente diferente que qualquer situação já vista antes. As empresas e colaboradores precisam estar cientes de que é completamente normal apresentarem distúrbios emocionais após esse período. E como a prevenção é sempre o melhor remédio, não espere que os funcionários estejam apresentando os sintomas para buscar ajuda. Faça isso antes, preventivamente. Assim, além de manter a equipe mais tranquila e motivada, haverá um ponto de apoio profissional.

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