Os dias de folia já começaram em algumas cidades como Salvador, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. O Pré-Carnaval está com tudo e os foliões estão enchendo blocos, festas particulares e shows ao ar livre.
Uma preocupação do Ministério da Saúde é com o uso da camisinha durante os dias de festa, uma vez que o país tem em média mais de 800 mil pessoas que vivem com HIV, de acordo com o Boletim Epidemiológico da doença, divulgado em 2018.
A epidemia está estabilizada, contudo dados do aplicativo de opinião pública Quinto mostraram que 51% não levam camisinha para o Carnaval. A pesquisa contou com 4.046 pessoas, sendo 33% homens, 45% mulheres e 3% outros. A maioria dos votantes têm entre 18 e 34 anos e nessa faixa etária, grande parte ainda se arrisca: 59% dos ouvidos não carregam preservativos consigo nos dias de folia.
A plataforma divulgou ainda dados das regiões do país. Somente na região Sul e Centro-Oeste é que a maioria dos foliões já sai de casa prevenida. No Nordeste 46% dos votantes disseram que levam preservativos consigo, e no Sudeste 49%.
Um outro dado divulgado pelo aplicativo mostrou que o esquecimento não é motivo para a não proteção, já que a maioria dos usuários do Quinto revelou que usa (ou usaria) camisinhas distribuídas gratuitamente, sendo eles 53% homens.
O Ministério da Saúde lançou em dezembro do ano passado vídeos com a participação da especialista em sexo, Cátia Damasceno, onde a profissional explica que é possível contrair ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis) mesmo usando camisinha. “O HPV por exemplo pode ser transmitido apenas com contato sexual de pele com pele”, esclareceu a profissional.
A especialista que soma mais de 5 milhões de seguidores em seu canal no Youtube, alerta ainda para outras infecções sexualmente transmissíveis que a camisinha previne como hepatite, sífilis gonorreia e cancro mole.