De acordo com pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Neurofisiologia com 22.518 pessoas, 45% dos brasileiros dormem mal, 32% demoram muito tempo para iniciar o sono e 52% das pessoas acordam cansadas.
Segundo a coordenadora do curso de Psicologia da Anhanguera de Pelotas, Cynthia Yurgel, devido ao ritmo acelerado do dia a dia, dormir de seis a oito horas por noite – período adequado para o descanso – se torna um desafio para grande parte das pessoas. Para crianças e adolescentes, o ideal é de 10 a 12 horas de sono.
As causas da falta de sono são variadas, mas, o efeito pode prejudicar a vida das pessoas.
A insônia persistente pode estar associada a consequências de longo prazo, incluindo o aumento do risco de transtornos depressivos graves, qualidade de vida insatisfatória, hipertensão e até infarto, explica.
A insônia é um sintoma comum, associado a transtornos de ansiedade e a quadros depressivos. De acordo com a docente do curso de Psicologia da Anhanguera de Joinville, Renata Poiski, pode acarretar em prejuízos no funcionamento geral do indivíduo, afetando a capacidade física, de atenção, memória, concentração e humor. Dessa forma, quando a insônia for constante, é necessário uma avaliação profissional.
Já para pessoas em que a insônia não é frequente, além de hábitos mais saudáveis, vale criar momentos relaxantes antes de dormir, como ouvir música e estar em um ambiente com pouca luminosidade e com temperatura adequada. Assistir televisão, acessar a internet, álcool em excesso, bebidas estimulantes e alimentos de difícil digestão no jantar podem prejudicar o sono; assim como fatores ligados a ansiedade, preocupações, predisposição para despertar, tendência para reprimir emoções, causas genéticas e horários irregulares para dormir.
A especialista explica que hábitos saudáveis incluem cuidados com a saúde em geral. A prática regular de exercícios físicos, por exemplo, proporciona a produção de neurotransmissores que favorecem uma boa noite de descanso.