Qual será o papel da internet nas eleições de outubro? Não é de se estranhar que a pergunta seja feita agora, um pouco antes do início oficial do período de propaganda eleitoral. Há dois anos, quando das disputas municipais, a rede mundial de computadores já deu sinais de seu peso.
Agora, no entanto a internet finalmente será um “fiel de balança” nas eleições brasileiras.
Há quem se preocupe em como as campanhas eleitorais vão ganhar as ruas nos próximos meses, e a articulação entre as ruas e as redes será certamente a grande potência desse processo eleitoral.
Óbvio que os sites só mostram boas informações, a diferença é que agora os eleitores mudaram seu comportamento. Buscam a ficha de seus candidatos em outros canais, questionam, dão sugestões, criticam e mobilizam de maneira muito mais rápida.
As mídias sociais tem grande poder de gerar pautas para a imprensa. Quando um político faz uma postagem, isso é tão relevante quanto uma entrevista coletiva. A imprensa repercute a postagem. Na mão inversa, os debates realizados pelas emissoras de tevê logo repercutem na internet, para o bem ou para o mal. “A potência também está na soma entre os diferentes blocos de comunicação, os mais massivos com os mais colaborativos.
Apesar do potencial da web e das redes sociais, a campanha eleitoral ainda não alcançou, pelo menos por aqui no Brasil, maturidade suficiente para se estabelecer em torno da apresentação de propostas, cenário visto como mais próximo do ideal. Em vez disso, dizem os professores, a atuação dos candidatos e partidos tem se baseado em agressões e na busca por “desconstruir” a imagem dos adversários – com fatos ou factoides. No mínimo lamentável.
As opiniões no ambiente online são mais espontâneas do que as opiniões ofertadas a um pesquisador de prancheta, no formato tradicional das pesquisas de opinião pública.
Ao eleitor, mais uma vez, cabe ficar atento, para que a internet não seja apenas mais um instrumento de enganação por parte dos políticos e de seus aliados mais próximos. Muito cuidado!