domingo, 22 dezembro

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    Trabalhar pelo fortalecimento e a modernização das empresas locais, estimulando a inovação; atuar visando aumentar os investimentos e atrair novos empreendimentos, objetivando gerar empregos e promover a diversificação da economia de Contagem.
    Estas são algumas das atribuições da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (Sedecon), sob o comando do Secretário Sant Clair Schmiett Terres, que exerce o cargo pela terceira vez. Ele defende um novo modelo de atuação junto ao setor empresarial. Engenheiro civil Sant Clair detentor de ampla experiência em gestão pública, já exerceu vários cargos em Contagem, entre eles secretário Adjunto de Indústria Comércio, secretário Municipal de Desenvolvimento Urbano por duas vezes e presidente do Centro das Indústrias de Contagem (Cinco) também por duas vezes.
    Sant Clair também foi presidente da Companhia de Distritos Industriais de Minas Gerais (CDI-MG), Rural Minas, Codevale, Emater e Epamig e diretor geral do DER-MG, nos governos Newton Cardoso e Itamar Franco.
    Nesta entrevista, o secretário fala sobre o trabalho realizado à frente da pasta e as novidades na área de indústria e comércio no município. Confira:

    Jornal Contagem – A revitalização e expansão dos distritos industriais e polos econômicos de Contagem vem sendo discutida pela administração municipal desde o início desta gestão e é um dos projetos prioritários do governo. Qual foi o resultado do inventário iniciado nos primeiros meses de 2017?
    Sant Clair Schmiett Terres – Estamos na fase final de entendimentos juntos a Codemig (Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais), gestora da Cidade Industrial, e nos próximos dias devemos assinar documento transferindo a administração daquele pólo industrial para Contagem. Vale ressaltar que o Cinco foi incorporado pela Sedecon.

    O que já foi feito de concreto em relação à melhoria da infraestrutura e segurança dos distritos, principalmente na Cidade Industrial?
    Estamos trabalhando no sentido de criar autonomia para os distritos industriais. A intenção é que cada distrito industrial tenha um gestor e que a gente consiga trabalhar no modelo de um condomínio. Vai ter essa gestão mais próxima, pois cada distrito industrial tem a sua demanda.
    Com relação à segurança, tivemos uma reunião com o secretário de Defesa Social, Dr. Afonso junto com o pessoal da Polícia Militar e já nos próximos dias vamos chamar os empresários para apresentar as soluções.

    Com relação aquelas áreas ociosas do Cinco, mudou alguma coisa?
    As maiores áreas estão concentradas no Cinco. Estamos procurando sensibilizar os empresários para disponibilizar áreas que não estão sendo usadas para que o municípío possa implantar outros empreendimentos. É bom para empresa que vai desmobilizar o seu ativo e para o município que terá condição de implantar novas empresas. Mesmo porque hoje as indústrias são mais compactas, tem uma necessidade de áreas menores para suas atividades.

    Qual o perfil das empresas que ocuparão estas áreas?
    Estamos buscando inovação. Queremos trazer empresas da indústria 4.0 (4ª Revolução Industrial), com um potencial tecnológico maior. Um exemplo disso é a vinda da Hyperloop (empresa que desenvolve um meio de transporte ultrarrápido por cápsulas que viajam em tubos). É um novo conceito da mobilidade urbana e um salto muito grande economicamente. O mundo caminha para isso.

    O que a administração está fazendo para trazer mais investimentos para o município?
    Criamos mais um departamento e estamos focando muito numa superintendência. Queremos mostrar Contagem de uma forma muito efetiva para empresas que queiram se instalar aqui. Temos uma situação privilegiada em Minas Gerais em termos de sistema viário e centros de pesquisa de desenvolvimento de tecnologias de ponta como os da Magnesita e Magneti Marelli. Acredito que a vinda da Hyperloop vai estimular outras empresas que estamos analisando, visitando e cadastrando.

    Como está o processo de aprovação da Lei de Ocupação do Solo?
    Está em fase de execução, sob a responsabilidade da Secretaria de Desenvolvimento Urbano. A Lei vai nos dar condição de criar outros polos de desenvolvimento econômico, inclusive nas regiões da Vàrzea da Flores e Nova Contagem onde se encontra uma mão de obra mais disponível que será qualificada pelo Sistema Fiemg e disponibilizada para os empreendimentos.

    Que tipo de indústria poderia ir para lá?
    Aquelas empresas não necessariamente indústrias que possam absorver a mão de obra disponível e cuja atividade possa ser implantada sem comprometer a preservação ambiental. A princípio seriam o polo calçadista e os setores de confecção e de transporte.

    O que tem sido feito para incentivar o micro-empresário da cidade?
    Do ponto de vista tributário o município pode fazer muito pouco. O que conseguimos hoje é acelerar os processos de licenciamentos. Junto a isso, temos a Sala do Empreendedor, oferecendo apoio para empresas de todos os portes. Temos consultores do Sebrae e frequentemente são dados vários cursos para capacitar e qualificar o empreendedor e estimular esse setor.
    Além disso, estamos criando o Conselho de Turismo, pois temos estrutura para o segmento do turismo de negócio. Temos grandes empresas aqui e vários empreendimentos hoteleiros. É importante também ressaltar que será lançado nos próximos dias um portal para que as empresas que queiram vir para Contagem, conheçam com mais detalhes o processo econômico de nossa cidade.

    Em sua opinião quais segmentos vão alavancar a economia de Contagem nos próximos anos?
    É muito difícil fazermos uma previsão nesse sentido. Mas uma das características de Contagem, até mesmo na crise, é o setor econômico bastante eclético, diversificado. Hoje temos vários segmentos como metalmecânica, alimentício, transporte, serviços. A revolução industrial está aí. Eu aposto na indústria 4.0, na internet das coisas para mudar o perfil das indústrias. O empresário de Contagem é muito sensível a isso. Um empresário moderno, com certeza, vai se adaptar a nova regra.

    No próximo dia 25, comemoramos o Dia da Indústria. O que Contagem tem a comemorar neste dia?
    Ter conseguido se preparar para esse novo momento da indústria que está por vir.
    Na oportunidade, gostaria de explicar que não vamos fazer nenhum evento para comemorar a data devido aos problemas orçamentários, vivido por todos os municípios, e porque todos os eventos e festividades da Semana da Indústria estão voltados para a posse do novo presidente da Fiemg.