O presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado Agostinho Patrus (PV), deferiu, nesta terça-feira (21), o requerimento para instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Mineirão. O primeiro signatário do requerimento é o deputado Léo Portela (PR).
Com o deferimento do pedido, na Reunião Ordinária do Plenário desta terça, o mesmo deverá ser publicado e, a partir da publicação, começa a contar o prazo de cinco dias úteis para que os líderes de blocos parlamentares indiquem os membros que integrarão a comissão, a fim de que ela seja efetivamente instalada.
Segundo o presidente da ALMG, deputado Agostinho Patrus (PV), a investigação vai permitir que
“a Assembleia possa colocar luz sobre a concessão do maior estádio de Minas Gerais feita à iniciativa privada”. Ele ainda afirmou esperar que, com a CPI, “as dúvidas que pairam há muitos anos sejam definitivamente esclarecidas”.
O deputado Léo Portela disse que se acumulam várias denúncias e suspeitas relacionadas à empresa Minas Arena Gestão de Instalações Esportivas, concessionária do Estádio Magalhães Pinto, o Mineirão. “Há denúncias de subfaturamento na arrecadação da Minas Arena, para que o Estado não receba os repasses previstos em contrato, e também de superfaturamento de obras efraude na venda de ações antes do prazo permitido contratualmente”, relacionou o deputado.
De acordo com dados apresentados durante a reunião, o contrato entre o governo e a Minas Arena, assinado em 2013, prevê que o Estado deverá pagar R$ 400 milhões à concessionária, em parcelas mensais de R$ 7 milhões, ao longo de 12 anos. O valor total se refere a um financiamento tomado pela Minas Arena junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para as obras no Mineirão.