Pesquisas recentes desenvolvidas pelo centro de manejo de dor da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, comprovaram que há uma relação direta entre variações de pressão e temperatura com a frequência e a intensidade de dores crônicas.
Cientificamente, sabe-se que os tecidos musculares se contraem em resposta ao estímulo do sistema nervoso para que o nosso organismo consiga se “defender” do frio.
Os vasos também se contraem, levando menos sangue às extremidades do corpo, o que acarreta uma diminuição do fluxo sanguíneo nas articulações e, por consequência, a manifestação da dor, explicou o ortopedista Otávio Melo.
De acordo com o especialista, as dores desencadeadas pela inflamação das articulações, ou seja, pacientes que possuem artrite, o frio é um importante agravante.
Pessoas que não possuem lesão prévia podem desenvolver uma sensibilidade quando submetidas a essas condições. Isso pode acontecer devido a um fator genético, geralmente, são pessoas que já possuem uma predisposição a possuírem terminações nervosas mais exacerbadas devido à sequência dos seus genes.
Prevenção e tratamento – Com o clima mais frio, muitas pessoas suspendem a prática de exercícios físicos, o que não é recomendado. “A melhor forma de evitar as dores nos dias mais frios é manter o corpo em movimento, fazer alongamentos e não dispensar as caminhadas”, ressaltou Otávio.
Tomar banho quente, colocar bolsas de água quente sobre a área dolorida e se agasalhar bem costumam ser medidas que atenuam os sintomas. Se as dores forem frequentes ou causadas por fraturas antigas, que voltam a doer com o frio, procure um médico.