sábado, 12 outubro

    Novo Cadastro Positivo

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    O novo modelo de Cadastro Positivo, que entra em vigor a partir do próximo dia 9 de julho, poderá injetar R$ 102 bilhões na economia de Minas Gerais e possibilitar o acesso ao crédito para um contingente adicional de cerca de 2 milhões de consumidores, algo em torno de 10% da população. Os números fazem parte do desdobramento, por estado, de estudo realizado pelo setor, a pedido da ANBC (Associação Nacional dos Bureaus de Crédito), que também concluiu que, no Brasil, o novo CP tem potencial de inserir até 22 milhões de consumidores no mercado de crédito, além de mais de R$ 1,1 trilhão na economia nacional.
    De acordo com a pesquisa ampliada, Minas Gerais, com 36,3% de inadimplentes, apresenta um índice bem menor que o do sudeste, de 41,8% de devedores, e da média brasileira, de 40,3%. E a exemplo do que deve ocorrer no resto do país, o novo Cadastro Positivo tende a promover uma redução de até 45% na inadimplência no estado.
    Isso tende a ocorrer porque o novo CP vai promover a inclusão automática de todos os consumidores, formar um histórico de pagamento de cada cidadão, seja de crédito recebido ou de serviços continuados (água, energia elétrica, gás e telefonia), e estabelecer uma nota de crédito com base neste histórico. Ou seja, o modelo valoriza os pagamentos realizados, os dados positivos – e não somente eventuais dívidas não pagas ou em atraso.
    “A adição de mais pessoas ao mercado de crédito, a ampliação do crédito para quem já está no mercado e a confiabilidade da nota de crédito como base para a concessão de crédito têm potencial de baixar os juros dos empréstimos e financiamentos”, observa Elias Sfeir, presidente da ANBC. Ele acrescenta que os principais benefícios são sociais porque haverá uma redução da inadimplência pela prática de taxas de juros mais justas e porque o estímulo ao mercado de crédito é fundamental para estimular as economias locais e gerar empregos.
    Outro ponto a se destacar em relação ao novo CP é a melhoria de crédito para as classes C, D e E. Segundo Sfeir, o cadastro positivo aumenta a nota de crédito para cerca de 60% desta população.