sábado, 21 dezembro

    DESAFIO EXTRACLASSE

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    Acompanhar o desempenho escolar do filho faz parte da rotina de Clicia Alves de Oliveira. Uma vez por mês ela e outras mães de alunos se reúnem com os educadores da Escola Municipal Vereador Jésu Milton dos Santos, no bairro Industrial, em Contagem.

    O encontro, porém, não se restringe à avaliação pedagógica. Essas mães também são preparadas para enfrentar os desafios do dia a dia. A instituição de ensino oferece a elas palestras, rodas de conversas e debates. Além disso, promove atividades fora da escola, como a visita à Casa Fiat de Cultura e ao Museu de Artes e Ofícios, em BH.

    O projeto “Mães que Acolhem” foi iniciado em março deste ano, com quatro participantes. Atualmente são 40. Os educadores da Jésu Milton dos Santos constataram que a vida escolar dos seus alunos é acompanhada predominantemente pelas mães e surgiu a proposta de muní-las de informações.

    A ideia é incentivar as mães a exercerem a cidadania, conscientes dos direitos, do pertencimento nos espaços da cultura, arte, lazer e da cidade em geral,

    destaca a professora de inglês Mylene Aparecida Ribeiro, idealizadora do projeto.
    O

    Mães que Acolhem” aproxima as famílias da escola, como ressalta a vice-diretora Magda Antunes. “As mães estão adquirindo novas experiências. Nós também damos a oportunidade para que elas aprendam e desenvolvam o censo crítico, diz.

    O balanço dos educadores é positivo.

    De um semestre para o outro a postura dos estudantes mudou bastante. O Conselho de Classe aponta avanços no aprendizado e na disciplina dos alunos, além da aproximação afetiva entre elas e a família, comemora a professora Mylene.

    A aposentada Maria Aparecida Bernardes não perde um encontro. Ela é responsável pelo sobrinho, de 15 anos, que estuda na Jésu Milton dos Santos.
    Maria Aparecida era chamada constantemente à escola por causa da indisciplina do estudante. Mas desde que passou a participar do projeto, o cenário mudou.

    Meu sobrinho agora cobra minha presença na escola e não tem mais registros de advertências, comemora.

    Ela aproveita o conhecimento para orientar familiares e amigos. “Quanto mais participo mais quero me envolver. No mês passado debatemos bastante o tema suicídio e em casa fiz questão de sentar com a família para falarmos desse assunto, que é bastante sério”, frisou.

    Exposições de arte para aumentar o conhecimento

    Os encontros na escola do Industrial acontecem uma vez por mês

    No último encontro, as mães ganharam um presente. Elas tiveram a oportunidade de conhecer a Casa Fiat de Cultura e o Museu de Artes e Ofícios, em Belo Horizonte. O passeio conciliou cultura e lazer.
    Na Casa Fiat de Cultura elas viram de perto a exposição “São Francisco Na Arte de Mestres Italianos”. As 40 mães apreciaram obras de autores consagrados da Era Renascentistas e do Barroco, como Tiziano Vecellio, Perugino, Orazio Gentileschi, Guido Reni, Guercino e Cigoli.
    No Museu de Artes e Ofícios conheceram a história do trabalhador brasileiro. Clicia Alves de Oliveira ficou encantada. “Foi uma experiência única poder sair do meu bairro e ver pela primeira vez uma exposição tão rica e belíssima como esta”.
    A dona de casa Tereza Freitas nunca tinha ido a um museu. Ver de perto as peças de arte e conhecer um pouco mais sobre a história vai prepará-la para auxiliar o filho no dever de casa. “A escola nos ofereceu um passeio didático e com isso podemos conhecer cultura e lugares diferentes”, aponta.

    O outro local percorrido em BH foi o Museu de Artes e Ofícios