Pryscylla Oliveira, 30 anos, moradora do bairro Darcy Ribeiro, em Contagem transformou adversidade em arte. Através da técnica japonesa Amigurumi, conseguiu controlar a depressão.
No nascimento de minha filha Maria tive complicações após o parto e, infelizmente, devido aos traumas, tive depressão pós parto e síndrome do pânico. Foi uma época muito difícil, pois acabava de realizar o sonho de me tornar mãe, conta.
Como terapia, Pryscylla, que é formada em Gastronomia, começou a fazer crochê, sem nunca ter feito antes. “Um dia conheci pela TV a técnica Amigurumi. Fiquei encantada, e, mesmo sendo muito difícil, insisti porque era o único jeito de parar de pensar em coisas ruins e ter medo de tudo e todos. A princípio só fazia para meu bebê e para presentear amigos”, observa.
Hoje graças ao Amigurumi e ajuda dos medicamentos e da psicóloga, a síndrome do pânico está controlada. “E o que me deixa mais feliz é ter conseguido transformar um momento ruim em algo tão bom”, comemora. Pryscylla fez da terapia sua atividade principal.
As peças fabricadas por ela, ricas em detalhes e com minucioso acabamento, foram ficando cada vez mais requisitadas. “Deixei a gastronomia, que também é minha paixão, e hoje trabalho somente com encomendas de amigurumis pela internet. Tem dado super certo. Eles são minha fonte de renda e o sustento da minha família”, revela.