O Centro de Atendimento e Inclusão Social (Cais) iniciou suas atividades em 1971, com o nome APAE para atender a 20 crianças com deficiência intelectual em Contagem, no modelo de educação especial como todas as instituições da época. Desde 2000, trabalha mais intensamente em defesa da inclusão, o que fez com que mudasse sua razão social e assumisse o nome CAIS. Hoje desenvolve vários programas tendo como missão a inclusão da pessoa com Deficiência na escola, no trabalho e na sociedade
Instituição filantrópica, sem fins econômicos, o Cais foi instituída pela educadora e psicóloga Elza Kriemilda que trouxe em sua bagagem a experiência do trabalho desenvolvido com a Dra Helena Antipoff, educadora e psicóloga russa que inovou, nos anos de 1930, a educação especializada em MG e no Brasil. Com essa experiência, a preocupação em desenvolver um trabalho de qualidade e com cunho científico foi o grande diferencial desde a sua fundação.
Nestes 46 anos, a instituição realizou diversas inovações. A primeira, marcante e com reconhecimento externo, ocorreu em 1997 na área da educação profissional, quando o programa já buscava a inserção no trabalho de pessoas com deficiência. Contribuiu para a formação de professores e a transformação da educação profissional especializada em todo o país, e até hoje é referencia para o Ministério do Trabalho, sendo o CAIS considerado um especialista nacional no emprego apoiado.
A segunda inovação que teve reconhecimento nacional foi na área da inclusão escolar. A instituição foi pioneira na inclusão educacional de alunos com deficiência intelectual e autismo, desenvolvendo um novo modelo para a educação especial, diferente do modelo tradicional da escola especial e comum. Ao implementar o Atendimento Educacional Especializado (AEE), como uma ação complementar à da escola comum, definiu que os alunos frequentem um período na escola comum e o outro no AEE nas unidades do CAIS. Essa ação tornou-se referência para o MEC. Atualmente, o Cais atende a 521 crianças e jovens.