sábado, 27 julho

    Pré-candidatura

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    O PT lançou a pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à presidência da República durante ato realizado no dia 8 de Junho, no Actuall Convention Hotel, em Contagem. O evento também serviu para declarar apoio à reeleição do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), e para apoiar o lançamento de uma candidatura da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) ao Senado.
    No final do evento, Dilma Rousseff leu uma carta escrita por Lula, preso há dois meses em Curitiba. Em seu manifesto ao povo, ele diz que essa candidatura é o compromisso de sua vida e representa a esperança – argumento que deu o tom aos discursos das lideranças petistas presentes.

    É para acabar com o sofrimento do povo que sou novamente candidato à Presidência da República, escreveu Lula.

    Após a leitura, Dilma afirmou estar emocionada e não discursou.
    Em suas falas, os políticos petistas colaram a esperança de um Brasil sem crise à figura de Lula, afirmando que o país precisa do petista para recuperar o emprego, a credibilidade, a economia e a estabilidade institucional. “Lula é o preferido do povo, é a única liderança capaz de conduzir o país à pacificação social”, discursou a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR). Segundo ela, o partido irá percorrer os 26 estados mais o Distrito Federal para oficializar a campanha de Lula.
    Em seu discurso, o governador da Bahia, Rui Costa (PT), disse que “o Brasil precisa se reencontrar, passar seriedade e credibilidade para o mundo.” Já o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) afirmou que a defesa de Lula não se deve só ao fato de “ele ser o maior político vivo” do país. “Tem que defender o indivíduo, o homem, a honra de uma pessoa presa injustamente.”
    No evento, líderes petistas também afastaram a possibilidade de uma aliança com outros partidos de esquerda que não considerem a candidatura de Lula como única possibilidade. “Quem tiver alguma dúvida que tire seu cavalinho da chuva porque o PT vai ter candidato e o candidato é Lula”, disse o líder da minoria no Senado, Humberto Costa (PT-CE), ao falarque respeitava os demais presidenciáveis de esquerda.

    “Lula é um pouco de cada um de nós”

    Máscaras com o rosto de Lula foram distribuídas aos militantes

    Vídeo – O mote da pré-campanha de Lula, “o Brasil feliz de novo”, foi exibido em um vídeo de retrospectiva, com a trajetória do petista de Pernambuco à Presidência. O vídeo continua com a eleição de Dilma e seu impeachment, até chegar em 2018, quando exibe discursos de Lula como pré-candidato.
    “O povo quer, a lei permite, o Brasil precisa. Lula, O Brasil feliz de novo”, diz o vídeo. Em seguida, o jingle da pré-campanha, divulgado no dia 7 de junho, segue a mesma linha ao mencionar as crises do governo Michel Temer (PMDB) e defender a liberdade do petista.
    Milhões de Lulas – Outra ideia difundida no evento foi a de que o Brasil tem milhões de Lulas, como o ex-presidente discursou antes de ser preso por corrupção e lavagem de dinheiro em 7 de abril. O líder do PT na Câmara dos Deputados, Paulo Pimenta (RS), foi um dos que afirmou que o povo deve representar o petista enquanto ele estiver preso, inclusive fazendo campanha por ele. “Lula está aqui hoje, eu sinto a presença dele. Ele é um pouco de cada um de nós”, disse. Máscaras com o rosto do petista foram distribuídas aos militantes.

    Campanha – Em entrevista anterior ao evento, Gleisi Hoffmann afirmou que o partido irá registrar a candidatura de Lula em 15 de agosto. Questionada sobre a existência de um plano B, caso o ex-presidente se torne inelegível, Hoffmann afirma não haver outros planos a não ser Lula. Sobre uma possível negativa do TSE, a senadora afirma que “a palavra de Lula sempre irá pesar nas decisões e novas diretrizes do partido”.

    O PT entrou com um pedido na Justiça para que seja possível que o ex-presidente conceda entrevistas, faça pronunciamentos e grave vídeos à nação e para campanhas. De acordo com Gleisi, “o PT pede que se defenda o direito de liberdade de expressão de Lula”. A presidente do partido espera ainda que “as decisões do TSE e do Supremo, tragam a estabilidade do processo democrático”.

    Dilma é destaque em ato na cidade

     

    A menina Dilma recebeu este nome em homenagem à ex-presidente

    A ex-presidente Dilma Rousseff, que transferiu o domicílio eleitoral para Minas em abril, mas não confirmou a candidatura ao Senado, foi recebida pelos participantes do ato aos gritos de senadora: “Uai, uai, que coisa boa. Minas Gerais vai ter Dilma senadora”.
    Afirmando que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) está desmoralizado, o senador Lindberg Farias (PT-RJ), líder do partido no Senado, disse que o povo fará justiça a Dilma elegendo-a senadora.  O presidente do PSDB, Geraldo Alckmin, já afirmou que Aécio não será candidato neste ano.
    “Na terra de seu algoz, Dilma vai entrar pela rampa do Senado e ele não pode pisar na calçada de sua casa”, disse o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, fazendo referência Aécio em seu discurso.

    Reeleição – O anfitrião do evento, governador Fernando Pimentel (PT), também teve atenção especial. Aplaudido pelos militantes, lançou um vídeo em tom de campanha à reeleição com o slogan “Muito mais por Minas”.

    Em seu discurso, propôs que os militantes escrevessem uma carta a Lula. O público, então, passou a repetir seu recado ditado ao ex-presidente, firmando um compromisso de fazer campanha por ele e de encontrá-lo no dia 1º de janeiro, na cerimônia de posse.

    Presenças – Além de parlamentares, lideranças de movimentos de esquerda, como o MST e a CUT, também participaram do lançamento da pré-candidatura do ex-presidente Lula ao Planalto. Dos cinco governadores petistas (BA, AC, PI, MG e CE), somente o governador cearense, Camilo Santana, que é próximo do pré-candidato Ciro Gomes (PDT), não compareceu.

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