Houve um tempo em que os seres humanos não haviam desenvolvido valores morais de respeito ao outro. Naquela situação, tribos estavam sempre em conflito.
A sobrevivência de uma tribo dependia de defesa forte e ataque igualmente forte, com guerreiros dedicados a lutar, matar e morrer. Isso cabia aos homens. Muitos homens morriam em combate. E precisavam ser substituídos.
Cabia às mulheres fornecê-los.
Desenvolveu-se a tradição de adestrar meninas para se tornarem reprodutoras e cuidadoras de crianças pequenas. Aos meninos, entregavam espadas, arcos e flechas e técnicas para agredir e matar inimigos. Também engravidar suas mulheres e as mulheres de inimigos mortos.
Séculos e séculos se passaram desde a pré-história.
Muitos costumes evoluíram. Chegamos ao ponto de nos organizar em grandes cidades. Bilhões de pessoas já aprenderam que o respeito ao outro, a harmonia na comunidade e a educação para a boa convivência são os melhores caminhos para a paz e a segurança. São pessoas que resolvem seus problemas sem causar problemas para outros. Nos momentos de conflito, procuram a melhor solução, o consenso. Usam o diálogo, mesmo sendo muito e muito mais demorado do que dar um tiro.
Quando essas pessoas formam casais, criam juntas os seus filhos, compartilhando tarefas. Não há mais necessidade de adestrar meninas e meninos em tradições antigas. Mulheres dirigem caminhões, homens trocam fraldas. Hoje, são atividades tão comuns que podem ser tornar brincadeiras de crianças: meninas que se distraem com caminhões de brinquedo e meninos que trocam fraldas de boneca. Permitir essa naturalidade é promover o entendimento do outro, passo importante para o respeito, a formação de valores morais saudáveis.
Wagner Matias de Andrade
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