As três federações que representam os Metalúrgicos de Minas Gerais – FemetalMinas, FitMetal e Fem-CUT – entregaram a pauta de reivindicações da categoria, na sede da Federação das Indústrias do estado (FIEMG), localizada na área central da capital mineira. O cenário de crise econômica e de aprovação recente da reforma trabalhista caracterizaram o encontro e as declarações das duas representações que sentaram à mesa.
Ernane Dias, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sete Lagoas e da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas e Mecânicas e de Material Elétrico de Minas (FemetalMinas) destacou a crise que atinge as empresas e afeta o poder de compra dos trabalhadores. O sindicalista disse que a crise cria mais dificuldades para os trabalhadores, mas observou que é preocupante a quantidade de empresas fechadas nos últimos anos.
Marcelino Orozimbo, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim e Região e da Federação Interestadual dos Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil (FitMetal) classificou a pauta unitária de coerente e manifestou a esperança de que os empresários tenham tranquilidade para realizar uma convenção coletiva capaz de contemplar as reivindicações apresentadas.
Já o presidente da Comissão Negociadora da Fiemg, Osmani Teixeira de Abreu, disse que a nova legislação trabalhista ainda é uma incógnita e que mesmo com a alta no preço dos combustíveis, o índice de inflação deverá ser baixo. Abreu acredita que o País chegou ao fundo do poço e que “pior que está não fica”.
A pauta de reivindicações conjunta, com data-base em 1º de outubro,
pede a concessão do INPC, mais 3% a título de aumento real de salário,
tíquete alimentação e o estabelecimento de convenção coletiva de trabalho única.
Geraldo Valgas de Araújo, presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos da Central única dos Trabalhadores de Minas Gerais (Fem-CUT) participou da entrega da pauta e fez duras críticas ao governo e aos empresários no ato realizado pelos Metalúrgicos diante do prédio da entidade patronal.