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    Negociações e estratégias para a sucessão da presidência, via eleições indiretas, já estão sendo iniciadas pela base aliada do presidente Michel Temer. Para pessoas próximos a Temer, ganhou força a visão de que o processo de cassação da chapa presidencial no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é a saída honrosa de que o presidente precisa para deixar o cargo. O julgamento da chapa Dilma-Temer está previsto para começar na terça-feira, 6 de junho.
    Parlamentares com trânsito no Palácio do Planalto têm avaliado que Temer resiste em renunciar apenas para que o ato não pareça uma admissão de culpa. Integrantes da base, principalmente do PSDB, que consideram a permanência de Temer insustentável.

    O presidente não tem apego ao cargo, ele se preocupa com o nome dele. O que ele não quer é sair por debaixo do tapete. Por isso, a melhor saída é o TSE. Se o tribunal decidir pela cassação, é uma saída honrosa, afirmou um deputado da base.

    Alguns avaliam que Temer, mesmo enfraquecido, terá forte influência sobre sua sucessão. Parlamentares lembram que ele ainda tem diálogo com uma ampla base no Congresso, principalmente no PMDB, e que seu apoio pode ser fundamental na escolha do próximo presidente.

    Não vamos trocar de barco, vamos trocar o timoneiro. Se o TSE cassar a chapa, é preciso manter a mesma coalizão. O PMDB vai continuar existindo e o Temer vai continuar sendo uma liderança importante, com muita influência sobre o Congresso. Em parte, o PSDB não desembarcou ainda do governo contando com esse eventual apoio, afirma um integrante da cúpula tucana.

    o nome do presidente interino, Tasso Jereissati (CE), vem sendo defendido no PSDB, como alternativa que melhor se encaixa no momento atual. Além de não estar na mira das investigações da Lava-Jato, Tasso tem longa experiência de mandatos como governador e senador. Já no DEM, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), vem ganhando força. Aliados lembram que, há menos de quatro meses, ele conquistou a maioria na Casa para se eleger presidente pela segunda vez. E destacam que Maia tem uma vantagem sobre os demais possíveis candidatos: ele conhece cada um dos 513 eleitores pelo nome.

    Apesar de a defesa de Temer argumentar que a gravação de Joesley Batista teria sido adulterada, um líder que foi ao jantar de Maia avaliou que a situação do presidente é muito frágil e que ele só tem se apegado à questão técnica das acusações, sem se aprofundar em rebater as denúncias em si. Na gravação e nos depoimentos, Joesley diz que Temer avalizou a compra do silêncio do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e consentiu quando o interlocutor disse a ele que estaria cooptando juízes e promotores.
    Há quem especule no governo, que os “candidatos” com maior aceitação no Congresso são o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o próprio Rodrigo Maia. Eles descartam avaliar nomes como o do ex-presidente Fernando Henrique e o do ex-ministro Nelson Jobim.

    Eles estão fora da política há anos, não têm chance.
    FH deve conhecer 30% dos deputados hoje com mandato.
    A política mudou e eles ficaram para trás, disse um interlocutor do governo.