domingo, 29 junho

    Aquele Jogo

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    Na estreia da coluna Aquele Jogo aqui no Jornal de Contagem Pop Notícias, recebi para um bate-papo o ex jogador do Atlético e atual diretor de futsal do Minas Tênis Clube, Marques Batista de Abreu, ou como a torcida alvinegra costuma dizer, Olê Marques! Marques contou com exclusividade qual foi seu jogo preferido quanto atuava com a camisa do Atlético.
    Antes de mais nada é importante mencionar que Marques é o jogador que mais vestiu a camisa do Atlético pelo campeonato brasileiro, entrando em campo por 192 vezes, inclusive marcou o milésimo gol do clube no brasileirão. No total foram 386 partidas pelo Atlético, marcando 133 gols, atualmente ocupa a 9ª posição do ranking de maiores artilheiros pelo Atlético e conquistou 5 títulos.
    Com a voz nitidamente emocionado ao relembrar, Marques sem hesitar respondeu que seu jogo marcante foi contra a equipe do Ipatinga, pela final do campeonato Mineiro de 2010, convido você, caro leitor, a viajar com a gente para o dia 2 de maio de 2010 e relembrar com o Xodó da Massa AQUELE JOGO!

    Rodrigo – primeiramente é sempre um prazer falar contigo, você que marcou geração, sinto-me honrado em fazer a minha estreia no jornal de Contagem Pop Notícias, tendo você como entrevistado. Qual jogo vestindo a camisa do Atlético marcou sua carreira? Aquela partida que você se recorda com carinho…
    Marques – antes de mais nada, desejo que você tenha muito sucesso nesse novo desafio profissional, ok? E indo para a pergunta, você imagina Rodrigo, joguei no Atlético por 386 jogos, com muitas alegrias e com algumas decepções, afinal, faz parte na carreira do atleta e da trajetória de um clube gigantesco como o Atlético. Poderia mencionar tantos jogos, decidi alguns clássicos importantes na minha trajetória, mas o que está mais latente e mais viva na memória dos atleticanos e eu compartilho disto, foi meu último jogo com a camisa do Atlético contra o Ipatinga, quando eu faço o gol do título. Entrei faltando poucos minutos, e eu tenho certeza que naquela altura o Vanderlei Luxemburgo me coloca na partida como uma homenagem pela minha história com o Atlético, na altura do minuto 42 eu consigo fazer um giro que foi a minha maior característica aqui no Atlético, chamei na tabela o Ricardinho e ele deu um passe por elevação e eu faço o gol tirando do goleiro. Eu acho que mais do que o gol, a comemoração ficou marcante para todos nós, onde eu tiro a camisa e coloco no pau da bandeirinha, meus companheiros me carregam pelos ombros. É uma ótima lembrança com toda certeza!

    Marques, me lembro dessa partida, o ano era 2010, naquela tarde de domingo, 02 de maio de 2010, O Atlético sendo campeão estadual pela 40ª vez, após marcar o gol vem o apito final do então árbitro Paulo César Oliveira, o que você sentia naquele momento sabendo que era sua última partida e ouvindo mais de 60 mil pessoas cantando “Olê Marques, Olê Marques” consegue descrever aquele momento?
    Aquilo foi sensacional, maravilhoso, espetacular! Fechar um ciclo como foi fechado, fazendo um gol de título, comemorando junto com a torcida, daquela forma emocionada, tirando a camisa, colocando a camisa na bandeirinha de escanteio, sendo carregado pelos meus companheiros e ovacionado pela torcida foi um momento único, que está gravado na minha memória, no meu coração e tenho certeza de que todas as pessoas que acompanharam aquela tarde conosco no Mineirão.
    Você imagina, os meus filhos naquela época já entendendo o que é o futebol, o que representava o pai, foi tudo perfeito, sou muito grato a Deus por ter vivido tantos momentos especiais vestindo a camisa do Atlético, especialmente esse encerrando o ciclo de uma carreira profissional.

    Você acha que faltou um daqueles tradicionais jogos festivos de despedida?
    Para ser sincero quando eu encerrei houve um movimento muito forte da torcida para que se fizesse um jogo festivo, eu diria que naquela época logo após o encerramento foi uma ideia que me cativou também, mas não é uma verdade dos clubes brasileiros. Raramente se vê um ídolo encerrando a carreira com um jogo de despedida. Não é cultura né, melhor dizendo, como a gente vê muito lá fora, quando se tem um grande nome, um expoente do seu clube encerrando carreira se faz uma grande festa. Eu mesmo fui em um evento do Borussia Dortmund, na despedida do Dedê, que foi fantástico, mas não é cultura dos clubes brasileiros.

    Parabéns pela linda trajetória, obrigado pela entrevista e por fim, gostaria de te pedir que deixasse uma mensagem para os torcedores do Atlético.
    Eu sou uma pessoa eternamente grata pela carreira eu tive, pela construção de atleta que eu fui e no pós carreira também. Porque a vida continua, você é um velho para o esporte com 36, 37 anos, mas você é um jovem para a vida e o que mais importa olhando para trás hoje são os valores que você carrega. Sempre procurei dar o melhor exemplo para as crianças, procurei trabalhar em todos os clubes que passei com bastante honestidade, hombridade, vestindo a camisa e suando por essa camisa até o último esforço, foi assim minha marca aqui com o Atlético e acho que é por isso que até hoje depois de 15 anos as pessoas ainda me param, me abraçam, me agradecem e o mais legal é que a reciproca é mais que verdadeira! A paixão que eu tenho e o amor que se criou junto com a torcida do Atlético ela é maravilhosa. E caminhamos juntos, hoje na torcida, para que o Atlético sempre brilhe com os novos ídolos, os novos atletas que hoje estão envergando a camisa. E que o nosso torcedor sempre saia feliz dos estádios, isso que nos gostamos e queremos para o Atlético, alegria do nosso torcedor!

    Sou Rodrigo Vieira e você pode me acompanhar aqui no Jornal de Contagem Pop Notícias e também no YouTube Mesa Quadrada MG.
    Rodrigo E. M. Vieira, 33 anos, Jornalista esportivo, @rodrigovieira_jornalista