As 147 unidades prisionais do Estado começam a operar 470 novos equipamentos de inspeção de segurança, que somam investimento de aproximadamente R$1,5 milhão, custeado pelo Departamento Penitenciário Nacional. Nessa semana foi realizada a última etapa do treinamento de agentes de segurança penitenciários para a operação dos aparelhos. São 12 esteiras de Raios-X, 45 detectores de metal do tipo portal, 289 do tipo bastão e 124 do tipo banqueta. Uma equipe do Depen esteve em BH para acompanhar o treinamento, que teve duração total de 16 horas. Durante o curso, além de aprenderam a operar os equipamentos com eficácia máxima, os agentes receberam orientações para humanizar a revista de presos e visitantes.
Um dos agentes treinados foi Anderson Mota, do Presídio de Itaúna. Segundo ele, os novos equipamentos serão importantes para garantir a segurança dentro da prisão e impedir a entrada de materiais ilícitos com mais eficácia. “Aprendemos como funcionam adequadamente os equipamentos, tanto na prática quanto na teoria. Quanto mais reduzirmos as revistas invasivas, melhor”, diz ele, que agora será multiplicador do conhecimento adquirido.
Proteção com muito mais respeito
No Presídio de São Joaquim de Bicas I, onde foi realizado parte do treinamento, já está em funcionamento a esteira de Raios-X. Agora não é mais necessário abrir sacolas e “revirar” os alimentos trazidos por familiares de presos.
O diretor-geral do estabelecimento, Ricardo Helbert Pereira, observa que a esteira trouxe muitos benefícios tanto para os servidores da unidade quanto para os parentes de presos.
Eliminar o toque com as mãos traz mais dignidade para a família e para o detento, além de conferir agilidade ao procedimento de entrada de alimentos, objetos e demais materiais, diz Ricardo Helbert.
Humanização – Segundo a diretora de Políticas Penitenciárias do Depen, Valdirene Daufemback, além de prestar apoio aos governos dos Estados e do Distrito Federal, o objetivo da doação dos equipamentos de inspeção é acabar com a revista vexatória em estabelecimentos penitenciários.
“Ao mesmo tempo em que aumentam a segurança, impedindo que objetos estranhos entrem nas unidades, como armas, drogas e celulares, os equipamentos vão permitir que familiares de detentos e demais visitantes não sejam submetidos a tratamentos que violem sua integridade”, explica Daufemback.