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    Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população idosa não para de aumentar. No Brasil, esse número cresceu 18% nos últimos cinco anos e em 2017 o número de idosos ultrapassou os 30 milhões. Dado que tende a dobrar nos próximos 20 anos.
    A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que até 2050 o número de idosos será maior que o número de pessoas jovens, nos países mais desenvolvidos. Ainda segundo a Organização, envelhecer bem deve ser uma prioridade global, já que haverá mais idosos no planeta que crianças menores que 15 anos. A expectativa é que em 32 anos sejam aproximadamente dois bilhões de idosos no mundo.

    Para o geriatra Marcos Alvinair Gomes, a terceira idade se caracteriza por uma conjunção complexa de vivências anteriores, positivas e negativas, que nos oferece a possibilidade da maturidade com sabedoria e uma independência de podermos escolher o quê, quando e com quem e trazer essa reflexão é de extrema importância, uma vez que é uma ação preventiva no que tange a qualidade de vida.

    Investimentos – “Para podermos usufruir dessa suposta autonomia é importante que façamos investimentos permanentes nos cuidados com nosso corpo e com nossa mente. Um controle adequado dos hábitos como alimentação, atividade física, sono adequado, combate aos vícios como tabagismo e alcoolismo, controle de doenças crônicas como obesidade, diabetes, hipertensão, artrose, osteoporose entre outras, nos favorece a manutenção de uma melhor autonomia nas atividades de vida diária”, disse.
    Segundo o médico, as doenças mais comuns aos idosos são as doenças psicossomáticas e as doenças crônico-degenerativas.

    As mais citadas são a depressão, ansiedade e as doenças cardiocirculatórias, as artroses, a osteoporose e os cânceres em geral. As infecções como a broncopneumonia e as infecções do trato urinário são freqüentes nas causas de mortalidade nessa faixa etária, completa.

    Mecanismos do envelhecimento – Alvinair ainda afirma que os novos conhecimentos sobre os mecanismos fisiopatológicos do envelhecimento têm possibilitado interferir desde as idades mais jovens na forma e na velocidade em que ocorrem os fenômenos de degeneração celular.

    Assim, podemos aperfeiçoar o controle de tendências genéticas à obstrução dos vasos sanguíneos a partir de hábitos saudáveis aplicáveis já na infância. Podemos minimizar a indução ao surgimento de células cancerosas interferindo na exposição a fatores promotores do câncer, como os raios ultravioletas ou o abuso de reposição hormonal. Podemos efetuar a prevenção do câncer nos grupos de risco como famílias com alta prevalência de câncer de mama, próstata ou intestino, dentre outras. Para os pacientes já adoentados a medicina atual provê recursos curativos e/ou paliativos, favorecendo em nível terciário a manutenção da vida mesmo em situações críticas como nos casos de isquemia coronariana, isquemia cerebral ou doenças malignas em geral, finaliza.