O Brasil está oficialmente livre da rubéola e da Síndrome da Rubéola Congênita de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Para receber o título, o país comprovou não registrar casos da transmissão endêmica das doenças desde 2008 e 2009, respectivamente. O anúncio foi marcado pela entrega do Certificado de Eliminação da Rubéola ao ministro da Saúde, Marcelo Castro, na Organização Pan-Americana de Saúde, no DF.
O certificado de eliminação da rubéola é muito significativo para o Brasil. Nada mais efetivo para a saúde pública do que a vacina e foi a vacinação em massa contra a rubéola e o sarampo que alcançamos esse status. Em breve, esperamos eliminar o sarampo também, destacou o ministro Marcelo Castro.
A entrega do documento ocorreu durante a Reunião do Comitê Internacional de Especialistas para Eliminação do Sarampo e Rubéola nas Américas. O reconhecimento de território livre da rubéola e da Síndrome da Rubéola Congênita foi possível a partir de dados epidemiológicos apresentados pela OPAS/OMS e por países membros. A partir deles, o Comitê concluiu que, no Brasil, não há evidência de transmissão endêmica da rubéola ou SRC por cinco anos consecutivos, período maior que os três anos requisitados para declarar a doença eliminada.
Em abril deste ano, a OMS reconheceu toda a América como a primeira região do mundo a alcançar a eliminação da rubéola e da SRC – a exemplo do que ocorreu em 1971, com a erradicação da varíola, e em 1994, com a eliminação da poliomielite.
A América é o primeiro continente do mundo que pode chegar a conclusão de que eliminou o vírus da rubéola. O Brasil se uniu ao seleto grupo de países em que não há mais circulação desse vírus. Esse é o motivo de estarmos aqui hoje e entregando este certificado, ressaltou Joaquim Molina, representante da OPAS/OMS no Brasil.
O resultado positivo está alinhado à estratégia continental definida em 2003, pelo Conselho Diretor da OPAS, que estabeleceu a meta de eliminar a Rubéola e a SRC do Continente Americano até 2010. A meta foi alcançada um ano antes, quando os últimos casos endêmicos foram notificados.
O próximo desafio é intensificar as medidas de alerta para as Olimpíadas de 2016, garantindo a divulgação e as condições para a efetivação dessas medidas, como já foi feito durante os eventos de massa ocorridos no Brasil nos últimos anos.
SARAMPO – A Reunião do Comitê Internacional de Especialistas também tem como objetivo discutir e revisar as evidências para verificação da interrupção do surto da doença no Brasil. Diferentes regiões do mundo estão definindo metas para a eliminação do sarampo. No entanto, surtos recentes da doença têm ocorrido em países, que constituem uma ameaça para a eliminação, além da circulação endêmica em países da África, Ásia e Oceania.