quinta-feira, 17 outubro

    Quem matou Marielle?

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    Em plena intervenção federal, a Polícia Civil do Rio de Janeiro tenta esclarecer a morte da vereadora Marielle Franco, do Psol, e de seu motorista, Anderson Gomes, ocorrida no último dia 14 de março. Sob pressão de ativistas, políticos e entidades nacionais e internacionais, os investigadores seguem sem resposta.

    A principal hipótese analisada pela Delegacia de Homicídios do Rio é de que se tratou de uma execução premeditada, dada a ação dos criminosos. Amigos e familiares de Marielle acreditam que ela não chegou a sofrer ameaças de morte. Nenhum suspeito foi preso até então.

    O assassinato da vereadora provocou comoção e indignação em todo o Brasil. Milhares de manifestantes foram às ruas em várias cidades do país em repúdio à morte de Marielle e também como forma de reiterar o apoio a temas pelos quais ela lutava, como os direitos das mulheres e a inclusão social. A vereadora era conhecida ainda por ser crítica da violência policial.
    A necessidade de dar continuidade à luta de Marielle foi enfatizada por amigas e moradoras do Complexo da Maré, onde a vereadora morava. Elas afirmaram, porém, que o momento é também de comoção e medo:

    A gente vem saindo de um lugar invisível e ganhando força na política. Parece que não adianta a gente se colocar, senão seremos mortas.

    Além dos protestos da população, várias autoridades, instituições, ONGs e ativistas de direitos humanos vêm fazendo pressão por uma apuração rápida e esclarecimentos do caso.
    Para a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o assassinato de Marielle é

    um crime contra toda a sociedade e ofende diretamente os valores do Estado Democrático de Direito”. O órgão disse estar acompanhando o caso e “espera agilidade na apuração e punição exemplar para os envolvidos.

    A morte também gerou repercussão internacional. A ONU afirmou esperar rigor na investigação e uma breve elucidação, com responsabilização pela autoria do crime. A ONG Anistia Internacional, por sua vez, também pediu uma investigação imediata e rigorosa do assassinato.