O projeto “Arte nas Águas de Minas”, uma parceria entre a Copasa e a Associação Pró-Cultura e Promoção das Artes (Appa), chega a Contagem para alterar o visual da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), do bairro Retiro e transformar o cenário para a população. Na segunda-feira (18/11), a Companhia e a Appa abriram oficialmente o projeto, em uma cerimônia de abertura que contou com a presença dos artistas Zi Reis, Rafael La Cruz, Juliana Gontijo, servidores e colaboradores da Copasa e a população.
O momento foi de confraternização e apresentação dos projetos artísticos que serão realizados em 539 m² de muro da ETE. Para o Supervisor de Tratamento da Copasa, Luís Estevão Pinheiro, o trabalho é recebido com muita satisfação e já transforma o ambiente. “O ambiente colorido ele transforma né, deixa mais agradável e socializa mais com a população. Eu trabalho diretamente na supervisão desta ETE desde 2015, a gente já passou por várias coisas aqui, então ver essa transformação é muito gratificante”.
A Coordenadora de Projetos da Appa, Ludmilla Ramalho, reforçou que é o início de muito trabalho, mas que terá uma belíssima entrega. “A arte urbana, ela impacta realmente a paisagem, a relação que a comunidade no entorno tem com aquela rua, com aquele espaço, as histórias que são passadas, que tem a ver com as histórias populares. Tudo isso envolvendo o tema principal, que é a água”.
Dentro da programação do projeto, será realizada uma oficina de arte para jovens no dia 30 de novembro, das 14h às 18h, na Estação da Juventude de Contagem, na Avenida João César de Oliveira, número 174, no bairro JK. O encerramento da etapa e lançamento da Galeria Aberta “Arte nas Águas de Minas” será realizado em 2 de dezembro, às 16h, na ETE Contagem.
Os projetos artísticos
Já trabalhando nos muros da Estação de Tratamento de Esgoto de Contagem, os artistas começaram a dar vida aos seus projetos. A artista local Zi Reis, conta que seu projeto pode ser identificado pelo seu fundo amarelo com peixes e crianças.
“Estou trazendo como inspiração para o meu painel alguns elementos do orixá Oxum que traz a água doce, a fertilidade, a beleza, o amor. Vou incluir as flores de Oxum, os jogos de búzios e também as crianças com suas brincadeiras na água”.
Para Rafael La Cruz, também artista de Contagem, seu projeto poderá ser identificado pelo azul claro e o marrom. “Trago para o meu mural justamente de onde eu venho, onde eu nasci, onde eu cresci. O nome do projeto é “AMAZI”, que em bantu significa água, na tradução de matriz africana. Então vou trazer algumas figuras, algumas representações dentro das comunidades tradicionais, especialmente da nação de Angola, que é a figura do orixá Nanã”.
Sobre o seu painel, a artista belo-horizontina Juliana Gontijo, convidada pela curadoria para a etapa de Contagem, conta que ele terá um fundo azul e um traço preto, por toda a extensão. “Vocês vão ver esse traço preto e por cima vem uma colônia de aguapés, que são plantas flutuantes e aquáticas. Então elas vão passar por esse muro como se elas estivessem passando por um rio”.