quarta-feira, 18 setembro

    Envelhecer com dignidade

    Matérias Relacionadas

    Aline Fortes para o Gata Dmais – Por João Paulo Dias

    Meu nome é Aline Fortes, estudo o segundo ano...

    Edição 1239 – 13 de Setembro de 2024

    Edição Online da Edição 1234 do Jornal de Contagem Pop Notícias

    Um futuro melhor para Contagem

    Canteiro de obras Sob a gestão de Marília Campos, Contagem...

    Pausa na campanha para apresentar pedido de impeachment contra Moraes

    O candidato à Prefeitura de Contagem pelo Partido Liberal...

    TSE lacra sistema que será usado em urnas

    A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministra...

    Compartilhar

    Em 2070, quase 40% da população do Brasil terá mais de 65 anos. A idade média dos brasileiros será de 51,2 anos, muito acima da média de 2023, que era de 34,8.
    Os números foram divulgados recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e nos trazem um alerta: precisamos agir agora para que possamos envelhecer com dignidade.
    As estatísticas do IBGE indicam que, em 2046, os idosos devem representar 28% dos brasileiros, podendo chegar a 37,8% em 2070. A aceleração do envelhecimento da população pode ser constatada ainda com maior clareza quando analisamos os números do passado. Em 1980, as pessoas idosas eram 4% do total; em 2010, esse índice saltou para 7,4%; e, em 2022, chegou a 10,9%.
    Esse fenômeno é explicado por dois fatores principais, sendo que o primeiro deles é a queda na taxa de fecundidade. Ou seja, as famílias brasileiras estão cada vez menores. Atualmente, o Brasil tem um índice médio de 1,57 filho por mulher, quando o ideal seria de 2,1 para garantia da reposição populacional. E essa é uma tendência mundial. Em 2021, 54% dos países registraram taxas de fecundidade abaixo de 2,1 e a média global era de apenas 2,23. Na década de 50, esse índice era de 4,84.
    O segundo ponto que explica o envelhecimento da população é o aumento da expectativa de vida. Sim, hoje é possível viver mais e melhor do que há 70 anos. Isso ocorre porque as pessoas possuem amplo acesso a serviços de saúde, remédios e vacinas; assim como a programas de assistência social de diversos tipos, que contribuem para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos.
    E é justamente esse o ponto que preocupa. Com uma população cada vez mais idosa, como será possível manter a rede assistencial ativa e preparada para a sobrecarga que se aproxima? Como garantir que o serviço público não seja sufocado pela nova demanda?
    A resposta para essas questões é planejamento. O problema é que planejar a longo prazo não é algo simples, exige coragem para que gestores públicos invistam agora no que só será reconhecido de fato no futuro.
    A chave para essa equação, portanto, está na legislação. Precisamos de leis fortes que garantam todas as medidas necessárias para que os idosos possam viver bem e ser bem assistidos hoje e no amanhã.

    Por Wilson Pedroso* Consultor eleitoral e analista político com MBA nas áreas de Gestão e Marketing

    spot_imgspot_img