Começou no último dia 20/8, no Rio de Janeiro, uma iniciativa que celebra o centenário de nascimento da premiada ceramista mineira Dona Izabel, conhecida como a Dama do Barro do Jequitinhonha, e criadora das famosas moringas-bonecas.
Com 300 obras da artesã, a exposição – no Centro Sebrae de Referência do Artesanato Brasileiro (Crab), no RJ, oferece um mergulho profundo no legado de Dona Izabel, com sua arte que transcendeu divisas regionais e conquistou reconhecimento nacional e internacional.
Medalha JK – Neste ano, o Governo de Minas também vai eternizar o reconhecimento a QDona Izabel, em seu centenário, com uma das honrarias mais importantes do estado.
“No dia 12/9, será entregue pelo governador mais uma homenagem para a família. Em Diamantina, o nosso portão do Vale do Jequitinhonha, Dona Izabel será agraciada com a Grande Medalha, grau máximo da Medalha JK, um tributo post mortem e in memoriam”, revelou o vice-governador.
O legado de uma vida – A mestra artesã dona Izabel Mendes da Cunha é uma das mais notáveis artistas populares do Brasil. Natural de Córrego Novo, em uma pequena comunidade rural próxima a Itinga, no Vale do Jequitinhonha, Dona Izabel nasceu em 3/8/1924.
Ela descobriu o universo do barro ainda criança, observando sua mãe, uma “paneleira”, criar utensílios domésticos com a matéria-prima abundante na região.
O Vale do Jequitinhonha, cenário das criações de Dona Izabel, conta com pelo menos 100 mil artesãos e é uma região especialmente conhecida pela cerâmica, além do bordado, tecelagem, escultura e trançado.