Ainda não há um balanço completo – último dado era de 450 cidades afetadas pela tragédia no Rio Grande do Sul é de 149 mortes – e esses números vão demorar mais tempo para serem totalmente apurados. O fato é que as chuvas que atingiram a região sul, e particularmente o Rio Grande do Sul são as maiores já ocorridas durante o mês de maio em toda a história, segundo os institutos de meteorologia.
Mesmo com o fato já sabido de que as chuvas chegam, e às vezes chegam com força, a população nunca se prepara para o pior.
Sem drenagem suficiente, as ruas e avenidas se transformaram em caudalosos rios, com as águas levando o que encontravam pela frente. A maioria das cidades foram severamente castigadas pelas águas neste fim de verão e começo de outono, o que só acende o alerta para que seus dirigentes para um problema que vem se agravando nos últimos anos, com as aceleradas mudanças climáticas por que passa o nosso planeta.
Sem terrorismos e dramas, os temporais que presenciamos nesses dias vêm chamando a atenção de todos, cidadãos comuns e autoridades, não por acaso. Se naturalmente a força das águas em movimento já impressiona qualquer um, em volumes torrenciais como assistimos várias vezes nesses dias assusta e amedronta o ser humano, que se sente incapaz diante de um fenômeno dessa ordem.
Para minimizar esses acontecimentos, é preciso que todos, indistintamente, contribuam como puderem para que essas ocorrências tragam menos sofrimento à população, justamente as mais necessitadas socialmente.
É preciso que o poder público, o maior responsável nessa cadeia, faça a sua parte, eliminado os fatores de risco das enchentes e alagamentos, como a que ainda ocorrem em nossas cidades. E para isso é preciso trabalhar preventivamente, bem antes que as águas comecem a rolar e fazer os estragos que inevitavelmente fazem.
Somente aqueles que souberem planejar seu trabalho durante o ano, prevendo as chuvas dessa temporada, saberão dar as respostas que a população cada vez mais exigem para essa época.
sábado, 23 novembro
