domingo, 22 dezembro

    Estresse e sedentarismo

    Matérias Relacionadas

    Edição 1243 – 20 de Dezembro de 2024

    Edição Online da Edição 1234 do Jornal de Contagem Pop Notícias

    Projeto “Minha Casa, Minha Vida” é aprovado

    Na 42ª e última reunião plenária do ano e...

    Cooperação internacional

    Atração de investimentos A Prefeitura de Contagem está em missão...

    Aprovação da LOA e do Propag

    Ajustes no orçamento Em entrevista coletiva concedida nesta quarta-feira (18/12/24),...

    Segundo maior saldo de empregos

    Contagem avança ainda mais com uma economia forte e...

    Compartilhar

    Agir preventivamente

    Embora menos frequente na faixa etária, a enfermidade em pessoas entre os 30 e 40 anos está em ascensão. “Alguns dos principais motivos para esse fenômeno é a rotina cada vez mais intensa e exigente de trabalho, onde os jovens estão sempre conectados e disponíveis, associados ao sedentarismo e maus hábitos alimentares, que causam maiores níveis de tensão vascular, influindo na distribuição sanguínea do corpo”, explica o Dr. Roberto A. Vasques Jr., coordenador de Cardiologia do Hospital São Luiz Jabaquara.
    De acordo com o especialista, para não se chegar à velhice hipertenso, algo comum a 65% dos idosos, os mais novos devem se antecipar e agir preventivamente, incluindo ações funcionais, saudáveis e proativas ao bem-estar corporal, psicológico e espiritual.
    “Dietas baixas em gordura, tais quais a mediterrânea, a vegetariana/vegana, a nórdica, além de uma ingestão baixa de carboidrato e sódio, trarão benefícios de longo prazo. Um apoio mental, de psicólogos/psicoterapeutas, e até mesmo espiritual, é igualmente recomendável. Tudo isso promoverá uma rotina mais saudável e equilibrada nesses dias corridos”, analisa.
    No Brasil, de acordo com o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, o número de hipertensos está em expansão na última década. Em 2021 foram registradas 39.964 mortes pela doença, dado 72% superior em relação ao de 2011, com 23.233 óbitos por pressão alta.
    “Podemos dizer que o Brasil vive uma transição epidemiológica de hipertensão arterial. A interpretação dos números sugere que as próximas gerações sofrerão com um incremento substancial na prevalência de hipertensos e suas complicações, como reflexo direto os maus hábitos atuais”, alerta Vasques.
    Outro agravante é o fato da hipertensão arterial ser assintomática, já que menos de 10% dos portadores apresentam sintomas, como tontura, falta de ar, palpitações, dores de cabeça e alteração na visão. Essa característica da doença ressalta o papel primordial dos exames de rotina para diagnóstico precoce, fundamental para iniciar o tratamento adequado antes do surgimento de outras complicações.

    Pressão arterial?

    Caracterizada pela elevação sustentada acima de 140×90 mmHg (milímetro de mercúrio) dos níveis de pressão nas artérias (principais canais por onde o sangue é distribuído), a hipertensão é um caso único na medicina, diagnosticada por uma medida matemática de razão/proporção, encontrada em simples checagens de contração braçal.
    O primeiro número refere-se à pressão máxima ou sistólica, que corresponde à contração do coração. Já o segundo tem a ver com a força do movimento de diástole, quando o coração relaxa e espalha sangue novo na corrente.
    A condição pode ser primária, quando genética e determinada por histórico familiar, ou secundária, decorrente de outras comorbidades, como questões renais, da tireoide, diabetes, estresse e colesterol alto.