sábado, 7 setembro

    Antes que seja tarde

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    O brasileiro sempre se orgulhou de dizer que Deus é brasileiro, que o país é o melhor do mundo, porque aqui não tem tragédias. Não tem vulcão, não tem terremoto, tsunami e nem malucos entrando em escolas e atirando para todos os lados, sem que nem porque, apenas atirando e matando. Não tinha. Dez dias depois de um aluno de 13 anos matar uma professora a facadas, a invasão a uma creche em Blumenau e o assassinato de quatro crianças indefesas — de 4 a 7 anos, todos filhos únicos —mostram que se faz necessário uma guinada na forma da sociedade discutir e combater a violência escolar. É preciso que todo o país enfrente o problema com urgência.
    Aos poucos, as autoridades vão buscando respostas para as muitas perguntas feitas numa situação como esta.
    As redes sociais estão, definitivamente, incorporadas ao dia a dia do cidadão, se tornaram uma ferramenta para anunciar no mundo virtual as atrocidades que vai fazer no mundo real.
    O ambiente escolar enfrenta desafios de um mundo totalmente diferente do que foi pensado. Hoje estamos sujeitos a influência de grupos extremistas, adeptos do neonazismo, da misoginia, da adoração a armas. Ou enfrentamos essas chagas ou vamos continuar a chorar a morte de nossas crianças.
    Atitudes tem que ser tomadas. Aqui em Contagem a prefeitura vem empreendendo todos os esforços para ampliar a segurança nas unidades de ensino. a Patrulha Escolar da Guarda Civil está sendo reforçada nas escolas e nas imediações e os porteiros estão sendo treinados para identificarem situações de risco e entrarem em contato imediatamente com as forças de segurança.
    Devem, todos, fazer silêncio sim e refletir, principalmente, para onde caminha a sociedade brasileira. Uma atitude como está pode se transformar numa série de eventos dessa natureza, como acontece em outros países, muitos deles de primeiro mundo. Precisamos de uma discussão mais séria sobre o comportamento humano diante das mazelas atuais.
    O grito, solto ou preso na garganta de pais, mães, irmãos, das vítimas diretas do ataque impiedoso e suicida, de crianças, professoras, vizinhos da escola, de cada brasileiro, ouvido inclusive fora das fronteiras verde e amarela, clama algo mais de cada cidadão, de algo que vá além das lágrimas. Do minuto de silêncio sim, mas definitivamente, de uma atitude, que faça com que esta cena não se repita. Isso precisa ser feito já, antes que seja tarde demais.

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