O Decreto Municipal 1.568 torna as regras mais rígidas sobretudo para funcionamento dos bancos?
Estamos fazendo todos os esforços possíveis, sempre seguindo a orientação do Comitê de Enfrentamento da Covid-19. Temos marchado tentando convencer a população para que ela faça sua parte. Percebemos que os bancos e lotéricas lideraram as denúncias recebidas pela Prefeitura e Guarda Civil. Constatamos a necessidade de frear esse problema. Não encontramos outra medida que não fosse endurecer as regras. Os bancos terão que oferecer toda a segurança a clientes e funcionários e ajudar a organizar as filas. É o setor que mais obteve lucro ao longo dos últimos 30 anos neste país e não pode tratar a população e as cidades com desdém.
Contagem caminha junto com toda a Região Metropolitana?
A Região Metropolitana de Belo Horizonte é muito interligada. Estamos trabalhando com sincronismo com o governo do Estado e as prefeituras da capital, de Betim e demais cidades. Temos que estar unidos, observando o deslocamento de uma massa de pessoas de lá para cá. Estamos enfrentando o mesmo problema. Todos nós queremos acertar e queremos sair dessa crise o mais rápido possível. Para isso, temos que fazer a nossa parte: os que acreditam e os que não acreditam no Coronavírus. Não precisa pânico, mas precisamos ter a noção plena da gravidade e do porquê temos que tomar essas medidas.
Pessoas também poderão ser multadas e até presas?
A orientação para a Guarda Civil de Contagem e todas as secretarias que colaboramcom a fiscalização é de que seja feita uma abordagem didática, muito mais uma orientação, podendo, se a pessoa estiver desrespeitando de forma irresponsável, inconsequente, intransigente, lançarmos mão da multa administrativa, podendo inclusive ir parar numa delegacia. Não é o nosso desejo. Pedimos à Guarda que cumpra o papel de orientação, representando o Poder Público no desafio que temos todos de conscientizar. Mas se for necessário ela tem o instrumento que compete aos agentes a função do cumprimento da lei.Claro que avaliando o dano que a pessoa pode estar causando à sociedade, se ela for reincidente, enfim, seguindo alguns critérios. Temos feito essa discussão com nossos comandados e também com muita sintonia com as forças policiais do Estado.
Como está sendo a fiscalização do transporte coletivo?
Contagem é uma cidade que tem 30% do transporte coletivo gerenciado pelo seu próprio sistema. O resto é administrado pelo governo de Estado. Estamos fiscalizando todos eles, todas as empresas que formam os consórcios tanto metropolitano quanto municipal, nos horários de pico, para que seja cumprido o Decreto. Estamos tendo uma redução das reclamações. O mais importante é que as pessoas continuem, na medida do possível, evitando pegar o transporte público, evitando sair de casa, pois isso facilita nossa vida. Quando menos a Prefeitura tiver que fiscalizar o indivíduo e cuidar das ações de retaguarda ao pico da crise que nos aguarda, é o que a gente deseja.
E a fiscalização de Várzea das Flores?
Também fizemos o fechamento da lagoa de Várzea das Flores, os cerca de 70% do espelho d’água que ficam em Contagem. A Prefeitura está fechando o acesso, a exemplo do que já fazemos no Carnaval. As notícias que temos é a de que houve uma redução de banhistas, praticantes de esportes náuticos e pescadores, que não foram localizados. Não vamos relaxar enquanto não acabar a crise.