Se para professar a fé as pessoas dependessem da chuva forte, provavelmente muitos fiéis deixariam de ir à igreja. Mas, não foi o que aconteceu na noite do sábado, 24 de novembro, quando devotos das três comunidades da Paróquia Nossa Senhora da Piedade, do Bairro das Indústrias, em Belo Horizonte, lotaram a igreja da Vila São Paulo, Contagem, para venerar e prestigiar a Festa da Padroeira – 2018, desta comunidade, Nossa Senhora das Graças. Teve novena e tríduo festivo, de 15 a 23 de novembro, culminando com a missa solene, no sábado, também com a admissão de novos coroinhas, renovação de compromisso dos demais, entrega de medalhas e coroação da imagem de Nossa Senhora.
Durante a homilia, o celebrante e pároco, padre John Kennedy Crepaldi, falou do encerramento do Ano Litúrgico (Tempo Comum), com a Festa de Cristo Rei, bem como o do Ano Nacional dos Leigos, aberto pelo Papa Francisco, em novembro de 2017. Ao dissertar sobre o laicato, Kennedy pontuou: “ai de nós, padres, se não contássemos com o apoio dos leigos(as) na Igreja, do trabalho espontâneo, generoso, e gratuito deles e delas. Uns cuidam da catequese, da preparação da Primeira Comunhão, coroinhas, crisma; outros, das pastorais do batismo, do dízimo, da preparação de noivos para o casamento, encontro de jovens e de casais e da limpeza da igreja”. Convidou, em seguida, um morador do bairro São Bento, o argentino Guilherme Colombo, para um testemunho de fé narrando as graças recebidas para a sua família, por intercessão de Nossa Senhora das Graças, da qual tornou-se devoto fervoroso.
Segundo Guilherme, com quatro meses de gravidez, sua esposa foi diagnosticada com um câncer no fígado, de aproximadamente 12 centímetros, e que a chance de sobrevida dela (e do feto) era de apenas 12%. Abalado, ele esteve com os médicos para averiguar a veracidade da doença, nada revelando à esposa. Foi, então, que se apegou à Nossa Senhora das Graças, a ponto de ter ouvido “a voz de uma senhora que me trouxe a esperança de que Deus não nos abandonaria naqueles momentos difíceis”, afirmou.
A paciente – continuou o testemunho – foi submetida a uma cirurgia, quando descobriram que o câncer era de 22 centímetros e que, para removê-lo, teria que ser cortado um pedaço de osso na costela, pondo em risco a vida do bebê. “Mas, em momento algum, desistimos de confiar em Nossa Senhora das Graças e a cirurgia foi um sucesso, graças à mediação da Mãe de Deus”, reiterou. Em seguida, ele convidou ao altar o filho, agora com 12 anos de idade, saudável, bem como a esposa e mais um casal de filhos. E depois dos aplausos da comunidade, de pé, a abençoada família fez, juntamente com toda a assembleia, uma oração de Ação de Graças.
Contudo, disse Guilherme, “há cerca de três meses a doença voltou a manifestar-se. Novos exames foram feitos e, com Nossa Senhora ao nosso amparo, já os últimos resultados dos exames têm sido negativos. Com fé, com a proteção de Maria e a graça de Deus, iremos vencer mais esta batalha”, finalizou.
