O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, declarou nessa quinta-feira, 2 de junho, após participar de cerimônia no Palácio do Planalto, que o governo do presidente em exercício Michel Temer quer que o processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff seja resolvido “o mais breve possível” no Congresso Nacional.
Dilma está afastada do cargo desde 12 de maio, quando o Senado Federal aprovou a admissibilidade do processo. Atualmente, os senadores da comissão que analisa o pedido de impeachment estão na fase de definir o cronograma para o andamento do processo.
Se consultássemos a cada cidadão, ele diria que quer, sim, definir logo [o processo] e que este período de transitoriedade [do governo Temer] acabe. Se formos perguntar ao governo afastado, por óbvio. Para nós, governo Temer, interessa, sim, que [o processo] seja [resolvido] o mais breve possível, obedecendo as regras fixadas pelo Supremo Tribunal Federal, declarou Eliseu Padilha.
Na Política, uma hora é uma eternidade
Um dos responsáveis pela interlocução do Palácio do Planalto com o Congresso Nacional, o peemedebista gaúcho declarou ainda que o governo tem acompanhado as manifestações de senadores que sinalizam a possibilidade de votar contra o impeachment, mesmo tento se posicionado a favor da admissibilidade.
Ao ressaltar sua “experiência com mais de duas décadas de convivência com o Congresso”, Eliseu Padilha declarou também que, na política, “uma hora é uma eternidade”
E nós estamos há 60 dias [da votação], mais ou menos. Portanto, vamos ouvir até lá muitas manifestações – ainda que em tese não estávamos esperando –, mas isso acontece. Agora, há, na minha visão, um termo positivo que foi visto na votação na Câmara e no Senado que foi a expressão da vontade do povo, acrescentou.
Dos 513 deputados, 367 votaram pelo impeachment; no Senado, 55 dos 81 optaram pela admissibilidade.