domingo, 22 dezembro

    Segurança

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    Um dia depois do feriado religioso dedicado a Imaculada Conceição, quem abriu os jornais, viu tevê ou ouviu rádio pela manhã descobriu que Lauro Marcos dos Reis, 35, foi morto em um bar na Avenida João César de Oliveira, bem próximo à UPA JK. Ele tomava uma cerveja, quando dois homens entraram no bar para comprar um cigarro. Em conversa, um dos suspeitos confirmou que “era Reis” e o outro retirou uma arma da cintura e disparou oito vezes. Quatro balas acertaram a cabeça da vítima, duas a clavícula e outras duas as costas. Um segundo homem, de 32 anos, foi atingido nas pernas e encaminhado para uma unidade de saúde.

    Na manhã do mesmo dia 8, um homem de 62 anos foi morto e outros dois ficaram feridos após sofrerem um atentado a tiros também na avenida João César de Oliveira, no bairro Eldorado, nas imediações da UPA JK. As vítimas estavam dentro de um Uno prata que foi interceptado por um homem a pé. Segundo a PM, o veículo das vítimas estava parado no sinal na esquina com a avenida José Faria da Rocha quando um homem se aproximou do veículo, por volta das 9h, e efetuou mais de 20 disparos. Conforme testemunhas, uma das vítimas assumiu a direção do carro imediatamente e saiu do local, sendo que instantes depois eles deram entrada no Hospital Municipal de Contagem, que fica a cerca de quatro quilômetros do local.

    Dias antes, na mesma região, um tiroteio na noite de sábado terminou com a morte de três jovens próximo de uma pizzaria na avenida João César de Oliveira, no bairro Eldorado. Um dos jovens foi atingido por dois tiros na cabeça e vários outros pelo corpo. Já os outros dois jovens, de 22 e 24 anos, morreram na hora. Eles também apresentavam vários tiros na região da cabeça e do corpo. A perícia esteve no local e apreendeu cápsulas de pistola 390, 9mm e .40, sendo as duas últimas de uso restrito das Forças Armadas.

    Notícias como estas se repetem a cada manhã em todos os veículos e nas redes sociais, que ajudam a propagar o sentimento geral da população de completa insegurança, de medo generalizado. As estatísticas das forças de segurança apontam que os índices de criminalidade estão caindo ou sob controle, mas fica difícil acreditar nisso tendo que cruzar com corpos e mais corpos estirados no chão da principal avenida da cidade, ouvindo a cada esquina alguém contar que teve o celular roubado de suas mãos por um marginal ou grupo deles e o pior, saber que muito pouco ou quase nada se faz para acabar com a violência, a bandidagem. Santa insegurança! Até quando?