A esclerose múltipla é uma doença inflamatória autoimune, desmielinizante (que gera a perda da mielina, que, em nosso corpo, funciona como a capa que envolve os fios elétricos das tomadas), de causa desconhecida, do sistema nervoso central.
Ela se caracteriza por inflamação nos prolongamentos dos neurônios (nervos), que destrói a mielina e que, geralmente, cursa com uma gliose (que se parece com uma fibrose na pele com um machucado). Isso porque no sistema nervoso central só existe fibrose ao redor dos vasos sanguíneos. Daí, a sua denominação esclerose múltipla, pois a gliose tem o mesmo significado, nestes casos, de esclerose.
A classificação da esclerose múltipla mostra que seu principal tipo é recorrente-renitente, caracterizada por surtos de mais de 24h, sem febre ou inflamação, com intervalos de 30 dias. O quadro clínico é muito variável, pois estas placas podem aparecer em qualquer lugar do sistema nervoso central. Porém, é mais frequente nas regiões periventriculares e medular.
Os tratamentos são: nos surtos, pulsoterapia, com administração de corticoide intravenosa, de três a cinco dias. Entre os surtos, existem diversas drogas no mercado que atuam para diminuir lesões ou estimular uma remielinização.
No entanto, considera-se uma verdadeira ignorância por parte dos médicos não valorizar aquilo que é mais importante nessa doença: ela é dez vezes mais prevalente em regiões frias do planeta, onde o ser humano tem tendência muito maior à depressão, pela pura falta do sol.
O Canadá, por exemplo, tem preva-lência de 180 pessoas para cada 100 mil. Enquanto no Brasil, a prevalência é de 18 pessoas para cada 100 mil. Esses dois milhões e meio de indivíduos acometidos pela doença no mundo deveriam ser atendidos sem menosprezar as medicações dos laboratórios, mas de forma humanística.