Volta das torcidas divididas

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Representantes da Secretaria de Estado de Esportes, da Federação Mineira de Futebol, da PM, das arenas esportivas e da imprensa foram unânimes em favor do retorno das torcidas divididas nos clássicos entre Atlético e Cruzeiro. No debate realizado pela Comissão de JC1085-0501xEsporte, Lazer e Juventude da Assembleia Legislativa, deputados e convidados ponderaram, no entanto, a decisão final depende dos clubes.
De acordo com o presidente da comissão e autor do requerimento que motivou a audiência pública, deputado Anselmo José Domingos (PTC), o regulamento da Confederação Brasileira de Futebol determina que o clube mandante das partidas deve disponibilizar 10% dos ingressos para o visitante. Para ele, essa regra traz mais insegurança ao torcedor do que a divisão por igual. O parlamentar lembrou no entanto que, antes da reforma dos estádios Mineirão e Independência para a Copa do Mundo, as torcidas dividiam a carga de ingressos e não havia problemas críticos.

Hoje os estádios são mais seguros, com melhor controle de separação, videomonitoramento, com empresas de segurança privada e o apoio da PM. O cenário, então, é muito mais favorável”, defendeu.

Ele reforçou que é preciso promover um diálogo entre clubes, gestores das arenas, polícia e federação. “O ganho será de beleza do espetáculo, de segurança e de melhoria de arrecadação. A próxima reunião deveria ser promovida pela FMF, de modo a estimular o acordo entre Atlético e Cruzeiro”, sugeriu.

Polícia Militar – O diretor de Apoio Operacional da PM, major Harley Moreira, afirmou que a corporação sabe seu papel e vai trabalhar para atender o que for definido. Segundo ele, a polícia tem condições e irá se preparar para todas as possibilidades. “A decisão está na mão dos clubes. A reabertura do Mineirão, após as reformas para a Copa do Mundo, foi num clássico com as torcidas divididas por igual, e a segurança foi feita sem problemas”, afirmou.
O superintendente de Gestão de Estrutura Esportiva da Secretaria de Estado de Esportes, Diego Jardim, também disse que a decisão é dos clubes.