sábado, 5 outubro

    Setembro Amarelo

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    Prevenção ao suicídio

    O nono mês do ano marca o Setembro Amarelo, campanha referência no mundo sobre a prevenção ao suicídio e de conscientização sobre a saúde mental. Apesar do tema ter ganho mais relevância nos últimos anos e ser pauta em diversos ambientes, devido a correria do dia a dia, é comum as pessoas deixarem os cuidados psicológicos de lado.
    “O Setembro Amarelo é uma campanha fundamental e que precisa ser constantemente reforçada. A internet alavancou vários debates a respeito da saúde mental, termo utilizado para representar a qualidade da nossa vida tanto emocional quanto cognitiva, assim como ausência de transtornos, e, mais recentemente, essa expressão passou a ser utilizada também em questões de felicidade e bem-estar”, afirma Márcia Karine Monteiro, psicóloga clínica e coordenadora nacional de Saúde do Ser Educacional – grupo mantenedor da UNINASSAU.
    Segundo a especialista, alterações no humor, sentimentos persistentes de tristeza, irritabilidade ou euforia acima do normal são sintomas presentes quando a saúde mental está comprometida. Mudanças bruscas no apetite, seja ganho ou perda significativa de peso, podem indicar problemas emocionais.
    “Distúrbios do sono, como dificuldade para dormir e sensação de cansaço constante mesmo após descansar, podem indicar problemas como ansiedade ou depressão. Além disso, falta de concentração, isolamento social, sentimentos de se sentir inútil e culpado, comportamentos de autolesão e aumento no uso de substâncias como drogas, álcool ou medicamentos, também precisam de atenção”, acrescenta.
    A psicóloga faz questão de ressaltar a importância de procurar auxílio profissional, busca pelo autoconhecimento, desfrutar de seus hobbies preferidos e descobrir novos. “Caso você sinta que um desses sintomas está mais frequente, não hesite em ir atrás da ajuda de um especialista. Tenha sempre uma conversa aberta com amigos ou familiares, o que contribui em uma relação harmoniosa ajudando o próximo”, finaliza Márcia Karine.

    campanha pede menos estigma e mais diálogo

    Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que, todos os anos, mais de setecentas mil pessoas no mundo tiram a própria vida. No Dia Mundial da Prevenção do Suicídio, lembrado nesta terça-feira (10), a entidade – em parceria com a Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio (IASP, na sigla em inglês) – alerta para a necessidade de reduzir o estigma e encorajar o diálogo sobre o tema.
    Até 2026, a campanha que faz alusão à data – encabeçada por ambas as organizações – tem como tema Mudando a Narrativa sobre o Suicídio. A proposta, segundo a OMS, é romper com a cultura do silêncio e do estigma, dando lugar para a abertura ao diálogo, compreensão e apoio. Números da entidade mostram que o suicídio figura, atualmente, como a quarta principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos.
    Em nota, a OMS cita consequências sociais, emocionais e econômicas de longo alcance provocadas pelo suicídio e que afetam profundamente indivíduos e comunidades. Para a organização, uma simples conversa é uma ferramenta com o potencial de contribuir para uma sociedade mais solidária e compreensiva, independentemente do tempo de duração desse diálogo.
    No Brasil, o Centro de Valorização da Vida (CVV) é um serviço voluntário de apoio emocional e prevenção ao suicídio para quem precisa conversar. O atendimento está disponível 24 horas por dia pelo telefone 188.

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