Muitas gerações puderam desfrutar da arte, do humor e da inteligência de Jô Soares, com suas entrevistas sérias e engraçadas de seus programas, com a caneca que todos queriam saber o que tinha dentro, o sexteto, e a companhia na madrugada. Para muitos, opção de conhecimento, para outros, alternativa para vencer a insônia ou a solidão, ou única forma de diversão, mas no final, o importante era receber o beijo do gordo. E hoje, o ahhh, pronunciado espontâneamente pela plateia de não querer que o programa se acabasse, vai para a despedida deste ícone do humor, da arte, e da cultura.
Jô Soares, aos 84 anos, faleceu na madrugada deste dia 05/08, no Hospital Sírio-Libanês em São Paulo, onde estava internado há uma semana, tratando de pneumonia.
Com inúmeras atividades artísticas: humorista, entrevistador, ator, escritor, dramaturgo, diretor, roteirista, pintor, Jô Soares sempre teve o humor como sua marca registrada, que fez com que ele se tornasse referência no teatro, na TV, no cinema, nas artes plásticas e na literatura.
Além de ser pioneiro do stand-up, o comediante se tornou parte da história cultural do Brasil, e participou de grandes atrações da televisão brasileira, como “A família Trapo” (1966), “Planeta dos homens” (1977) e “Viva o Gordo” (1981), e atuou em 22 filmes.
Quando criança na escola , seu apelido era poeta. Aos 12 anos foi estudar na Suíça, onde ficou até os 17, e começou a se interessar por teatro e shows, mesmo tendo planos de se tornar diplomata.
No SBT, O apresentador fez sucesso com o Jô Soares Onze e Meia de 1988 a 1999, depois, retornou para Rede Globo com o talk show Programa do Jô, que ficou no ar de 2000 a 2016.
Jô Soares é referência ímpar na comunicação. Manifestamos nossos sentimentos a todos os fãs, familiares e amigos.