A missão de ser pai não é mais a mesma, lembra o escritor Kalil Gibran. Segundo ele, o pai de hoje, além de trabalhar duro para garantir o sustento da família, é peça fundamental na tarefa de educar e conduzir a vida de seus filhos. É fundamental que, não importando o quão ocupado o pai possa estar, ele deve dispor de tempo para conversar e estar junto com seus filhos. É um engano pensar que os filhos irão de alguma forma pensar automaticamente que nós os amamos pelo simples fato de amar. É necessário esforços conscientes para compartilhar nossos verdadeiros sentimentos e pensamentos para com nossos filhos por meio de palavras, de uma maneira aberta e confortável, e, principalmente, de atitudes e exemplos. É preciso estar ciente que no passar dos anos muitas coisas evoluíram e se transformaram, inclusive no que diz respeito à relação entre pais e filhos. Não podemos mais agir como nossos pais agiam no passado e tampouco entrar de cabeça nas novas tendências sem antes ter um prévio acompanhamento de profissionais habilitados. Estamos em constante evolução e nada melhor que muito bom senso e muito amor para educar nossos filhos para manter um bom relacionamento entre pais e filhos.
Não se pode, no entanto, olhar para o Dia dos Pais apenas com o olhar do reconhecimento e do agradecimento. É preciso, especialmente, adotar as lentes do entendimento, do acolhimento, da aceitação e, em alguns casos, até mesmo o do perdão, seja pela ausência, pela pressão, pela dor imposta que não tinha mais tamanho.
Se o pai precisa aprender a se abrir, a ponto de dizer filho, vem cá, ouça o coração de um velho a soletrar: eu te amo; é preciso que os jovens sejam receptivos e entendam que isso é dito a todo instante, quase nunca com palavras, mas com exemplo, dedicação, responsabilidade.
Está certo Kalil Gibran ao afirmar que a missão de ser pai não é mais a mesma, porque os filhos não são os mesmos, o mundo não é o mesmo, mas não há receita para exercê-la com excelência. O melhor resultado só será alcançado com muito bom senso e amor.