sábado, 12 outubro

    As tragédia se repetem

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    Os transtornos causados pelas chuvas não se limitam aos prejuízos financeiros. Quatro pessoas morreram em decorrência dos temporais que atingem Minas Gerais nos últimos dias, e outras quatro que permanecem desaparecidas.
    Por causa dos fortes temporais, nove cidades estão em estado de emergência. O Corpo de Bombeiros contabilizou 541 ocorrências em todo o estado só nos primeiros seis dias de dezembro.

    Na área rural de duas cidades, Rio Casca e São Pedro dos Ferros, a enchente carregou casas inteiras. Mais de mil pessoas estão desabrigadas. A inundação foi provocada pela cheia do Rio Casca, que subiu cerca de dez metros.

    Em Contagem, um barranco cedeu na Vila São Paulo e a lama invadiu 12 casas. A Defesa Civil interditou a área e também 32 apartamentos em outro ponto da cidade. A cidade possui 45 pontos de alagamento identificados.
    Nessa época do ano chove muito e acontecem deslizamentos de terra das encostas e morros, provocando soterramentos e desabamentos; os rios transbordam, as enchentes invadem as casas, as doenças proliferam. Pessoas morrem e famílias inteiras ficam desabrigadas, principalmente nas áreas mais empobrecidas das cidades.

    O que é absolutamente chocante é ver que em todo período chuvoso, se repetem tragédias decorrentes dos alagamentos e deslizamentos provocadas pelas alterações ambientais causadas pelas atividades urbanas. Para construir casas, prédios, indústrias e vias, o solo foi impermeabilizado, rios foram sendo canalizados ou tiveram seu curso mudado para aumentar a área urbanizável, abertas para o loteamento e promoção de atividades econômicas e residenciais.

    O problema se agrava com a falta de consciência da população, que joga de tudo nas ruas, córregos e rios sem medir as conseqüências. Apesar de saber que as inundações em nossas cidades são agravadas pelo entupimento dos bueiros ocasionado pelo lixo jogado nas ruas, as pessoas não mudam de postura. Em dias de chuva, com a impossibilidade do escoamento pelos bueiros, a água concentra-se nas ruas de forma rápida, invadindo residências e causando todo o tipo de estragos e, infelizmente, tragédias.
    Enquanto não houver um trabalho de prevenção e conscientização da população: ano após ano, veremos as tragédias se repetir.