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PGR apura se Aécio recebeu R$ 2 milhões

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A Procuradoria-Geral da República (PGR) analisa se um pagamento de R$ 2 milhões da Andrade Gutierrez repassados, em 2013, à Editora Gráfica Industrial de Minas Gerais (Ediminas S/A), proprietária do jornal Hoje em Dia, para pagamento de publicidade, teria sido uma doação ao hoje senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG). Em 2014, o tucano foi candidato à Presidência da República. A apuração corre sob segredo de Justiça, desde março, no âmbito da Operação Lava Jato.

O jornal era controlado pela Record e foi vendido em 2013 ao Grupo Bel, que tinha como sócio Flávio Jacques Carneiro, apontado pelo empresário Joesley Batista, da JBS, como aliado de Aécio.

Em delação premiada, Joesley disse que, para saldar dívidas de campanha de Aécio, a J&F Investimentos, controladora da JBS, comprou um prédio superfaturado do “Hoje em Dia” por R$ 17 milhões.
Ainda segundo Joesley, meses antes dessa operação, R$ 2,5 milhões dos cerca de R$ 60 milhões entregues a Aécio para a campanha presidencial de 2014 foram pagos por meio da compra antecipada de publicidade no jornal Hoje em Dia

Após as eleições de 2016, o diário foi novamente vendido,
e hoje pertence ao ex-prefeito de Montes Claros, Ruy Muniz (PSB).

A representação que chegou à PGR foi feita pelo deputado estadual Rogério Correia (PT-MG). Segundo o pedido, os valores pagos ao jornal “são incompatíveis com os preços de tabela do jornal ‘Hoje em Dia’ em 2013” e os procuradores deveriam apurar se “Aécio Neves se tornou sócio oculto do Grupo Bel no jornal Hoje em Dia”.

A representação de Correia teve como base laudo da Polícia Federal, citado por reportagem do jornal Folha de São Paulo em 2016, que relata o repasse de R$ 2 milhões para a Ediminas.Segundo o laudo, isso diferia do padrão da construtora, que costumava doar para entidades empresariais.

Ao falar do imóvel em Belo Horizonte, Joesley disse “não estava atrás” de compra de imóveis em Belo Horizonte. “Ele (Aécio) disse que esses R$ 17 milhões eram para pagar restos de campanha”, afirmou Joesley, que “sem dúvidas” o imóvel era superfaturado.
Segundo o delator, em 2016,Aécio pediu mais R$ 5 milhões.

Eu chamei esse amigo dele, o Flávio (Jacques Carneiro)
e pedi para o Flávio pedir pelo amor de Deus para ele (Aécio)
parar de me pedir dinheiro, porque eu já estava sendo investigado.

Outro lado

O senador afastado Aécio Neves, por meio de sua assessoria, disse que o questionamento parte de um “conhecido adversário”, com objetivo meramente político, “sem credibilidade”. Afirma ainda que todas as doações da Andrade Gutierrez estão registradas na Justiça Eleitoral.
Flávio Jacques Carneiro disse que desconhece “completamente” o caso na PGR. Sobre a venda do imóvel, afirmou que é “o principal interessado em esclarecer tudo” e que toda a operação de venda foi regular, contabilizada e com despesas arcadas
pelo próprio jornal.

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