O Carnaval chegou e para que nada estrague os momentos de alegria, alguns cuidados podem fazer a diferença, especialmente no que se refere à rede elétrica, responsável por diversos acidentes graves. Especialista no assunto, Nelson Volyk, destaca recomendações simples e eficazes para a segurança dos foliões.

Enfeites devem ser confeccionados preferencialmente de plástico, ou seja, um material não condutor de energia elétrica, pois fitas metalizadas, papel alumínio ou laminado e fios metálicos são potentes condutores de eletricidade;

Outro ponto de atenção é a presença de hastes e altas estruturas metálicas em fantasias, que podem encostar-se á fiação elétrica de rua, causando acidentes graves;

Aparelhos elétricos não devem ser ligados muito próximos a duchas, piscinas ou outras fontes de água, sob o risco de dissipar descargas elétricas e provocar curtos-circuitos, queima de equipamentos, incêndios e, principalmente, evitar choques elétricos, não raramente fatais;

A montagem de palcos e estruturas metálicas deve considerar a altura da fiação elétrica de rua. Já as estruturas metálicas deverão ser providas de aterramentos elétricos;

Um dos grandes riscos do Carnaval de rua é a proximidade de material metálico com a fiação. Por isso, deve-se evitar o lançamento de serpentinas e confetes metálicos e jamais tentar tirar enfeites presos à rede. Se a fiação for de alta tensão não é necessário encostar para haver a descarga elétrica, só a aproximação já pode ser fatal;

Outro cuidado básico é não sobrecarregar tomadas com dispositivos, do tipo benjamins,
cujo uso é muito comum em festas eventuais.

É indicado, ainda, verificar a existência de fios descobertos, que devem ser isolados com
produtos de qualidade reconhecida;

E, por fim, mesmo que trios elétricos, desfiles e alegorias estejam muito animados, jamais suba em postes ou marquises e sempre mantenha distância segura da rede elétrica.

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Cuidado com as DSTs

Carnaval. Época de festa, curtição e viagens com amigos. Por isso, é necessário que as pessoas fiquem atentas a atitudes com maior risco de aquisição de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs). De acordo com a infectologista Leticia Ziggiotti, o uso de preservativo continua sendo a melhor maneira de prevenir a maioria das DSTs. A camisinha é uma ferramenta eficaz e de fácil acesso, distribuída gratuitamente na rede de saúde pública. Além disso, evita uma gravidez não desejada.

O vírus do HIV, causador da AIDS, pode ser prevenido pelo uso da camisinha e, caso haja uma exposição de risco (não uso ou rompimento do preservativo), é recomendada uma avaliação em um centro de aconselhamento para checar se há indicação do uso de PEP (Profilaxia Pós-Exposição), uma estratégia baseada no uso de medicamentos para reduzir o risco de transmissão da doença.

Outra dica importante é fazer o teste para HIV e outras DSTs (sífilis e hepatites virais) – os testes rápidos estão disponíveis gratuitamente na rede pública de saúde e o resultado fica pronto em 30 minutos. Estas doenças têm tratamento e têm melhor evolução quando descobertas e tratadas precocemente. “Sabe-se que o tratamento para o HIV, por exemplo, reduz em 96% o risco de transmissão do vírus para outras pessoas”, explica Leticia Ziggiotti.
Além disso, objetos pessoais cortantes como lâminas de barbear e alicates de unha podem estar relacionados à transmissão de alguns tipos de hepatites virais, que também podem ser transmitidas por via sexual. É importante que estes objetos sejam de uso individual.

Confira algumas dicas
– Use sempre camisinha em todas as relações sexuais ;
– Não compartilhe objetos pessoais cortantes;
– Faça o teste para HIV e outras DSTs – é rápido, sigiloso e gratuito;
– Procure um posto de saúde e adquira preservativos que são oferecidos gratuitamente;
– Divirta-se com segurança.